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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

"CREIO NO RISO E NA LÁGRIMA COMO ANTÍDOTO CONTRA O ÓDIO E O TERROR".







                       Estas duas ilustrações parecem que não tem nada a ver, mas comigo tem.

     Acreditar no riso e nas lágrimas me faz poder entender e aceitar que nossos dias são inesperadamente imprevisíveis. Nunca escondi que chorar faz parte de mim, assim como sorrir sem hipocrisia. Também não tento implodir nem sufocar minhas lágrimas nem meu riso, e acredito que ninguém poderá me reprimir se sabem que de alguma forma contribuem tanto para as lágrimas, tanto para o riso. Assim como tenho aprendido, tenho tentado me preparar para momentos determinantes. Esse só Deus sabe como serão. Mas penso que esse esforço pode não ser veraz, afinal a gente sabe que o nosso cachorro pode morrer e nós sofremos nos enlutamos e o vemos em seu lugarzinho, com nossa dor, durante muito tempo, isso passando pelo mesmo episódio, como eu que tenho tantos! Não sei o que amo mais.

  “Creio no riso e na lágrima como antídoto contra o ódio e o terror”, frase de Charlie Chaplin. Não sou extremista em sentir ódio, não, não conheço esse sentimento, tão pouco o terror, mas conheço o medo. Conheci também a tolice que cometemos quando deixamos o medo nos devorar. Meus medos só me mal trataram e me disseram em amplo e bom som “você não é nada”, “não vejo a hora de sair daqui”. Foram as coisas que mais me amedrontaram, quase me levaram a morte. Mas tudo passou como tudo passa e “isso não é clichê”. Já escrevi lembram? Medo de que adiantou? As lágrimas e os risos, “não travados” realmente me serviram como antídoto.

    E a preparação para os infortúnios se eu conseguir tirar dela uns trinta por cento já me dará não só por feliz, mas por abençoada também.

    Sempre digo nunca me senti só, meus irmãos são maravilhosos para mim, com suas visitas de apoio, suas ajudas moral e material me dão a certeza cada vez maior que eu nasci para a maternidade, mas não usufruir dela é uma verdade que precisa ser aceita. Isso para mim hoje, do tanto, tanto que sofri, está se tornando tão insignificante, que eu só quero guardar só as primeiras experiências como mãe e ponto final para não ter recaídas de acalentos, de músicas que cantei, da rede que balancei, das mamadeiras que preparei cansada e ao mesmo tempo incansável, horas os observando-os dormir. Passou, passou, passou. Não sou meio termo.

   Gente querida, encontrar amigos em horas que falta dinheiro, saúde, chega solidão, e ali estar um anjo servidor e ele nem sabe que é um anjo e nos estende a mão, é uma coisa muito impressionante! Para mim é. E todas essas coisas que escrevi tornam-se tão pequenas, que me desculpem outra vez, esqueço-me os que Deus não quer que seja meu ou para mim.

    Venci coisas que eram pesadas de mais para mim, com ajuda de outros, quebrei cada peso e passei por cima. Sei que é muito feio se vã gloriar, mais as mulheres da minha família é madeira de dar em doido, cada uma do seu jeito. Cada uma pode sugerir ideias uma para outra ou simplesmente apoiar.

   Existe sempre uma ideia por traz de um pensamento, de uma realização, de uma dor, de uma decepção, o importante é não ignorá-las e sorrindo ou chorando fabricarmos nosso antídoto com a coragem que nos resta!

   “Creio no riso e na lágrima como antídoto contra o ódio e o terror”.

                                                                                                      Clara3amores®                                               

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