Tive dois filhos, um casal, meu divisor de águas.
Plantei árvores, não foram poucas. Não escrevi nenhum livro, tenho só meus
escritos, que estão aqui em meu blog. Dou-me por feliz, porque quem o ler sabe
meu propósito.
Pois bem, leio muitos pensamentos,
releio livros quando tenho saudade de seus personagens que quase os sinto como
se fosse pessoas minhas. Outros quando quero chorar e lavar a alma com
lembranças doídas, como “a grande última lição” ou até com Pollianna com seu “Jogo
do contente”. Quando ganhei este livro aos quinze anos de idade a dedicatória
era assim: ”Clarinha, parabéns pelos seus quinze anos. Este livro li quando
tinha sua idade. Espero que no percurso de sua vida você saiba jogar sempre o
jogo do contente”. Meu Deus que esperança tão difícil dessa pessoa! Como é
difícil jogar “o jogo do contente” nessa vida. Às vezes até dá, mas às vezes é
quase impossível!
Com quinze anos eu acreditei que era
possível. Pollianna conseguia, por que eu não? Pollianna é uma ficção eu não sou eu
não concebia isso, só queria sonhar acreditar naquela possibilidade feliz. Mas a
possibilidade de jogar sempre esse jogo durante a vida toda não existe não. “Nesse
exato momento como eu gostaria de jogá-lo, estou precisando muito jogar “o jogo
do contente” exatamente agora”.
Jogando ou não jogando, sei que as
circunstâncias não mudarão, terei que encarar e ir para frente. “Afinal é para
frente que se anda”!
Voltando ao assunto do filho, da árvore e
do livro, alguém falou com propriedade sobre isto. O que penso? Tudo não passa
de vaidade, como escreveu o rei Salomão. Muitas vezes, queremos sim deixar
nossas marcas, mas não estaremos aqui para nos regozijarmos com seus efeitos. Então
se a satisfação não for só nossa, pessoal e atual, de que valerá empenhos? Eu preciso
amar e gostar do que posso ter agora.
Pollianna ficou absoleta para a atual
geração. Assim como o morro dos ventos uivantes, Sofia, outra vez Sofia, Heide
e tantos outros livros que simplesmente se tornaram água com açúcar porque os jovens não sabem mais sonhar, não se comprometem mais com sonhos, isso é uma pena!

Continuação de Heide; Virginia Lefrère
Clara3amores®

Pollianna menina, poliana moça. Esta foi a edição que li.
Eleonor H. Porter
Trilogia de Sofia: Sofia; as férias de sofia(outra vez); Sofia a desastrada.
Condessa Argur
DVD da estória de heide 1937
Esta foi a edição que eu li; edições de ouro. Baixo custo para estudante.
Continuação de Heide; Virginia Lefrère
“Todas as pessoas querem deixar vestígios para posterioridade”.
Deixar alguma marca. É a velha história do filho, da árvore, e do livro. O trio
que supostamente nos imortaliza.
Filhos somem no mundo, arvores são cortadas, livros mofam em
sebos. “A única coisa que nos imortaliza mesmo – é a memória daqueles que nos
amam e foram fies”. Marta Medeiros
Clara3amores®
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRealmente Cris, não posso descordar de Marta Medeiros, muito menos de você, suas plavras são verdadeiras. Só pesso humildemente a Deus que me conseda entendimento para fazer um bom nome. Sei que se eu o fizer para Ele meu simples nome estará inscrito num livro indelével nas mãos de Deus. Você me lembrou algo que eu não posso esquecer. Muito obrigada! Clara3amores
ResponderExcluir