Ouvi meu pai
cantar algumas vezes essa música, agora de madrugada eu lembrei.
Dá uma
saudade, como se eu tivesse andado nas ruas em serenata ou mesmo eu pudesse ser
uma sinhazinha a escutar um admirador cantando para mim de terno, cravo branco
na lapela e eu numa sacada florida, um banco de madeira ao lado, de baixo de um
pé de flamboyant cheio de flores, janeiro mês de sua flora. Eu ouvindo a música, o cantor com a voz do
meu pai e a luz do luar chegando até o meio do meu quarto e eu sentindo a brisa
da noite no meu rosto com perfume do cravo da lapela do moço.
É linda essa
música! De tempos que não voltam mais e que não foram meus.
Sou uma mulher
moderna com a cabeça do século 19. Sinto isso!
Nessa
madrugada, vieram-me esses pensamentos saudosos e que não vivi. De real só a
voz de papai.
Clara3amores®
“Um poema que
silencie toda a sua própria exuberância”. (um poema)
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