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terça-feira, 6 de agosto de 2013

PENSAMENTOS EM UMA MADRUGADA / SILVIO CALDAS



                                                                             



Ouvi meu pai cantar algumas vezes essa música, agora de madrugada eu lembrei.
Dá uma saudade, como se eu tivesse andado nas ruas em serenata ou mesmo eu pudesse ser uma sinhazinha a escutar um admirador cantando para mim de terno, cravo branco na lapela e eu numa sacada florida, um banco de madeira ao lado, de baixo de um pé de flamboyant cheio de flores, janeiro mês de sua flora. Eu ouvindo a música, o cantor com a voz do meu pai e a luz do luar chegando até o meio do meu quarto e eu sentindo a brisa da noite no meu rosto com perfume do cravo da lapela do moço.
É linda essa música! De tempos que não voltam mais e que não foram meus.
Sou uma mulher moderna com a cabeça do século 19. Sinto isso!
Nessa madrugada, vieram-me esses pensamentos saudosos e que não vivi. De real só a voz de papai.



                                                            Clara3amores® 



“Um poema que silencie toda a sua própria exuberância”.        (um poema) 

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