Ser alguém, o alguém que se
espera é um filme de ficção porque ninguém atinge o roteiro escolhido para sua
vida (de repente vai que consegue). Não existe ensaio e como diz Toquinho “a
vida nos convida a rir ou chorar”.
O cenário é o mais
inesperado que se pode ter. Mas como protagonista do nosso próprio filme
trabalhamos e o assistimos ao mesmo tempo. Gostando e ás vezes não gostando de
algumas cenas.
Nossa ficção muitas vezes
nos aprisiona ou liberta-nos conforme nosso momento e o nosso coração, que é
fonte de motivação da nossa vida.
Penso assim porque em muitos
casos não sabemos bem ou não acreditamos como a realidade se apresenta. Mudanças
ou a falta de algo ou de alguém nos joga por terra e não nos enterra se não o
filme acaba. E infelizmente para alguns acaba prematuramente.
Quando saio de carro e não
estou dirigindo meus olhos vão fotografando contrastes do mundo que vão
passando por mim...
Pessoas de todos os jeitos. Arrumadas,
desarrumadas, rostos tão diferentes um dos outros, frutas e flores a venda, guloseimas
oferecidas nos sinais, jovens e crianças indo ou saindo das escolas, casais de
namorados, uns tão acalorados e outros tão frios. E eu vou observando ás belas
vitrines com seus belos artigos, atuais, delicados, para todos os gostos e para
meu contra gosto também.
Em minha ficção vou me
colocando no lugar de cada uma daquelas pessoas. E sinto que se morre
aprendendo. Apenas vou observando e na minha mente fica registrada a beleza das
flores e das frutas, que de tudo, é de onde sai à verdadeira beleza,
docilidade, perfume, seiva, da referência de quem às cuidou.
É muito difícil, ao menos
para mim, não olhar a vida e o mundo dentro de uma ficção embora tudo seja real,
mas tudo muito inusitado também.
Ah! Mundo tão contrastante,
tão contrastante! Que parece um filme de ficção.
Clara3amores®
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