
Não sei muito que dizer
desse ano que está passado como as aguas do meu rio. Passando, passando como nenhum
outro. Esse ano eu realmente vim, depois que nasci esse tempo todo, vê e
conhecer dentro de um sofrimento tão invulgar a minha pessoa. Esvaziei-me de
uma forma que não me reconheci. Em outras ocasiões eu sofri coisas não
desconhecidas. Dessa vez, algo avassalador me arremessou, jogou-me contra a parede
como se estivesse me surrando. Meus dias oscilaram, vaguearam em dimensões de
sentidos e emoções por mim nunca experimentadas. Tudo ficou como se eu
estivesse dentro de um campo de força magnético, eu com uma energia contrária a
esse campo me sugava em toda sua dimensão e eu no meio sentindo só essa força
estranha me atrair. Não tenho muita explicação a dá quanto a isso, porque eu
sou ignorante de mim mesma sobre esse turbilhão de verdades não aceitadas por não serem compreendidas.
Hoje andando pelas ruas,
vendo pessoas vivendo, cada pessoa no ângulo do cenário das suas vidas. Mães com
crianças, casais de namorados, moças, rapazes com seus computadores absolvidos
pelos seus trabalhos, gente escolhendo livros, a moça servindo café, tantas
vidas diferentes dentro de uma livraria e eu pensando e sabendo que cada um
carregava sua história. A minha no momento sem eu saber definir. Muito estranho
isso! Indefinitivamente indefinida!
Sei que vai passar...
Passar por essa espera estou
considerando um desafio. Um desafio que
eu não sei se vencerei! Diante do que me preenche e me esvazia como uma maré. Um
antagonismo que eu mesmo não sei por que guerreia dentro de mim!
Clara3amores®
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