Livraria Cultura

domingo, 30 de março de 2014

O QUE SENTI... / JOAN BAEZ



                                                      

                                                                           CONTEMPLAR                  
                                                                PROCURAR MUDAR
                                                               PROCURAR O MELHOR

Como ninguém pode saber nada do que pode vir a se formar realmente em uma pessoa e que pode fazer o que ela vem a ser, mesmo sabendo que o DNA é uma questão de peso como também as orientações que se recebe na vida deixa-nos margens para acreditarmos que nossa escolhas é a primordial das questões.
Quando estou escrevendo vou prestando atenção em tudo e a todos que me rodeiam e vejo e sinto nessa diversidade mundos diferentes.
Passando agora maior parte do tempo no hospital com minha irmã que está internada posso ver como eu já sabia como somos iguais. Adoecemos igualmente, sofremos dor igualmente, vemos como somos pequenos igualmente. Passamos a não mandar mais em nós mesmos e somos dirigidos por estranhos que se interessam pelas doenças por serem médicos. Uns mais interessados que outros, partindo do principio que conheço o que se interessou pelo problema da minha irmã nos fez sentirmos segura em um hospital público. E é num hospital público que podemos ver as agruras ininterruptas da realidade da vida do mundo médico.
Eu, nesse clima me ponho só a refletir! E por mais que eu escreva, escreva, escreva nunca vou me fazer entender plenamente porque plenamente não consigo entender o juízo de alguns que por passarem experiências tão fortes não meditam e não se perguntam: o que posso apreender por estar aqui? Porque todos os dias que subo aquele  elevador eu me pergunto: o que posso aprender disso tudo? Eu preciso melhorar com essa experiência amarga se não serei apenas uma alga, uma pedra, não uma pessoa!
As coisas acontecendo me mostram numa exposição de riquezas de fatos, a demonstração dos que conseguem se refinar, lapidar, melhorar como pessoa e rever suas vidas. Os que tomam esse intento são sábios! Outros se mantem parecendo um disco vinil arranhado numa vitrola, sem sair do canto, sem acordar para vida. Não entendem como é pertinente esse aprendizado! Rever tudo que viveu, como e o que falou. A dubiedade se torna visível! Fico realmente impressionada!
Não quero pensar em perdas. Não posso ter recaídas, não quero mais sofrer. Não posso ser traidora de mim mesma alimentando sofismas aos quais somos tão vulneráveis por querer agradar a nós mesmos com “realidades” que não existem. Isso não é impossível acontecer não!
Assim vou vivendo dentro das minhas limitações, tentando me alegrar com o que sou e apelando no íntimo que se algo de bom eu merecer que aconteça porque o tempo é volátil. E estou mandando danar-se palavras inúteis dirigidas a mim em que eu não sinta amor, que sejam inúteis, machucantes ou dolorosas ou que eu entenda que queira me diminuir.
Traumatizante só não é o que a gente vê, o que nós sentimos como açoite mas o que nos oprime também.
Sinto-me tão cansada! Porém, me conforto que Deus tem seus olhos em alerta sobre todas as questões, e o resto é resto.
Não importa de onde venha essa inspiração. Mas esse escritor escreve bonito. Não importa quem ele seja ou que realmente ele é, mas isso foi escrito lindamente. Para quem? Não sei!
Seria muito bom se toda personalidade progredisse e se tornasse fulgente.

“Nosso tempo

O exalar do tempo é tão perspícuo
E os segundos passam tão despercebidos
Exalam por entre os minutos e nossos dias
Todo enternecimento contido em suas horas
Mas em mim reina tua atemporal presença
E todas as nuances de tua fulgente personalidade”
                                              
                                                
 
                                                                Clara3amores
                                          


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