Livraria Cultura

domingo, 11 de maio de 2014

ME CAIU... / ROBERTA SÁ




                           




“Chega de mandamentos e decálogos. A hora da colheita me permite, ou melhor, me sugere elaborações mais agressivas. Pois é. Recomeçarei a vida. Despida de traçados anteriores”.

Pois é, essa expressão de Fátima Quintas me caiu como uma luva.

Penso que não é a maturidade que faz com que alguém acredite em si e sinta que está vivendo um período de colheita. Não, mas os trabalhos já concluídos que os faz se sentir no direito de reivindicar os frutos. Levando em consideração que o tempo e as condições das pessoas mudam, variam dando margem a alguns de se adiantarem às suas colheitas.

Juntar os nacos da vida nos faz ver que possuímos por direito o direito dessa reivindicação de viver mais livre e poder usufruir a vida sem se achar irresponsável. Essa sensação é maravilhosa, nos torna leves, cumpridores de uma valorização da vida nessa esfera da colheita. O sentimento que nos proporcionam a vontade de nos libertar, ser livres, mesmo dentro dos problemas da vida é uma coisa inexplicável e os que não sentem não podem entender, não, não podem. Muitas vezes é preciso sair de uma situação difícil ou de extrema dor para poder sentir o pleno tempo de colheita e o que isso lhe propõe.


                                                                 Clara3amores® 

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