Livraria Cultura

sábado, 29 de novembro de 2014

MANEIRA DE ENCARAR...

GILEADE, 7 DE JANEIRO DE 2015

                                                                                     











Quando você sente uma fraqueza muito grande que você não sabe de onde vem, nem o por que justifica, a melhor coisa é ter um pouquinho de coragem e sair daquilo que você não sabe explicar e ninguém entenderia, e agora eu sei que não é fácil alguém me entender mesmo... Sei que ninguém é obrigado a isso...

Tenho sorte por todas as pessoas que me rodeiam por perto e que me rodeiam por longe. Sou grata realmente  por tudo que já recebi e recebo de pessoas especiais.

Andando lá pela fazenda Goto, olhando as plantações feitas por ele, me veio mais uma vez a questão daquilo que fazemos quando estamos vivos. Sem pensar na idade que estamos sendo importante  mesmo “o deixar”. Seus netos e bisnetos velam seu nome e mesmo os nascidos no Brasil são ensinadas as tradições de Goto-san.

Lembro-me dele quando conversava com meu pai. E minhas lembranças dele ficaram mais aguçadas com as fotografias que vi. O tempo passou e meus pais também não estão mais aqui. Não foram fazendeiros, mas deixaram muitas coisas comigo.

Interessante quando me vi lavando os pratos na roça, na pia de kaatchan (mamãe) que a fizeram baixinha para ela, porque numa pia convencional ela precisava subir num banquinho para alcançar a torneira e os pratos. E eu fiquei olhando com meus pensamentos que temos sempre muito a aprender com outros. Coisas boas que só nos melhoram. Saudade do que não era meu.

Andei pela mata que havia andado há um ano a trás, tudo tão bom de novo! Eu me sinto tão feliz lá. À noite eu deixava a janela aberta do quarto que eu dormia para ficar olhando as estrelas no céu de Taperoá da Bahia e eu me sentia feliz de novo por estar ali. Dormia bem, acordava bem. Parecia que não era eu. E a realidade dura chegava, entendi que para eu estar bem no momento seria uma “fuga” do que nos pode entristecer, do que dói e incomoda. Vi os guaranás, cacaus, cupuaçus e as flores tropicais que Goto-san e Kaachan cultivavam.

De longe da mesa que almoçamos, víamos os vales todos verdes! E esse dia na roça foi o dia que antecedeu minha volta.

No mar no barco eu não conseguia pensar em nada. As crianças Riguen, Tadao e Myia só nos davam alegria e eu os contemplava porque não davam trabalho.
Muitas vezes me sentia cansada sim e dormia cedo. E a fraqueza que eu sentia era superada simplesmente por eu estar ali.
Dentro das minhas considerações, minhas verdades precisam ser reveladas.

Não tenho nada mais como absoluto. Sei que circunstâncias podem mudar...
                                                      
                                         Miuky e Tetsuya
                                      Tayki, Tayo e Clare
                                                 Tadao
                                              Miya e Cristian
                                      Rigen e Tadao
Takeche



                                                              Clara3amores®
                                                    



                                                 



                                                

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