Inflamada pelas sombras das
noites já senti ventanias tão fortes que tive vontade de segurar o teto para
ele não voar e o dia chegava. A mente me pedia repouso emocional, físico e psicológico
isso como nunca!
Também já vi chuvas torrenciais
e tão agressivas que me dava medo de abrir minha janela e ver o vento. Mas chuvas
passam.
Leio os poetas e em mim eles
não são vivos nem mortos; Eles nos mostram o tédio, transloucura, emoções
áridas e emoções florais, afeto e desafeto, o amor.
Sempre acreditei que mais
importante do que os fatos são em si é a maneira de nos relacionarmos com eles.
Embora saiba também, que talvez eu não saiba me relacionar com meus “fatos”. Em mim
há sempre uma sensação de pôr do sol, tardes melancólicas me fazendo sempre
refletir sombriamente em algo que não sei o que é.
Venho a encontrar-me comigo
mesma sempre, e sempre só comigo mesma e meus pensamentos. Com profundo
respeito pelo passado, sentimento incerto para o futuro e ansiedade de viver o
presente.
Entender relacionamentos e
saber vivê-los é uma proeza! A cabeça preguiçosa é a metáfora perfeita para o
desligamento com as preocupações que nos afligem durante o dia, e percebo que o
humano sincero é o da noite. Conheça um ser humano à sós numa noite e esse será
possivelmente o retrato mais fidedigno deste. O casal que dorme junto a noite
assina com o corpo um pacto de sinceridade.
Clara3amores®
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