Livraria Cultura

terça-feira, 14 de abril de 2015

ENTRE O DIA E A NOITE

                                      
 




Inflamada pelas sombras das noites já senti ventanias tão fortes que tive vontade de segurar o teto para ele não voar e o dia chegava. A mente me pedia repouso emocional, físico e psicológico isso como nunca!
Também já vi chuvas torrenciais e tão agressivas que me dava medo de abrir minha janela e ver o vento. Mas chuvas passam.

Leio os poetas e em mim eles não são vivos nem mortos; Eles nos mostram o tédio, transloucura, emoções áridas e emoções florais, afeto e desafeto, o amor.
Sempre acreditei que mais importante do que os fatos são em si é a maneira de nos relacionarmos com eles. Embora saiba também, que talvez eu não saiba me relacionar com meus “fatos”. Em mim há sempre uma sensação de pôr do sol, tardes melancólicas me fazendo sempre refletir sombriamente em algo que não sei o que é.

Venho a encontrar-me comigo mesma sempre, e sempre só comigo mesma e meus pensamentos. Com profundo respeito pelo passado, sentimento incerto para o futuro e ansiedade de viver o presente.

Entender relacionamentos e saber vivê-los é uma proeza! A cabeça preguiçosa é a metáfora perfeita para o desligamento com as preocupações que nos afligem durante o dia, e percebo que o humano sincero é o da noite. Conheça um ser humano à sós numa noite e esse será possivelmente o retrato mais fidedigno deste. O casal que dorme junto a noite assina com o corpo um pacto de sinceridade.

                                                                                                        Clara3amores® 

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