Livraria Cultura

terça-feira, 26 de maio de 2015

O QUE CABE NUM CORAÇÃO



                                                                                 




Pensar no que pode transformar nossas emoções mais íntimas se torna inviável diante de nossas circunstâncias e condições. Existem pessoas que têm uma visão tão clara, predisposição de todos os dias recriarem o dia ao acordarem e correrem para dentro de sua rotina com uma nova perspectiva. Parece-me estranho alguém dentro de uma rotina se recriarem.

As tolas coisas que escrevo às quais penso sempre estão ligadas ao coração. As coisas que vejo ao meu redor, na televisão, na internet, em minha alma. Sofro, critico, sorrio, esbravejo, elogio, me enterneço, e na sucessiva lista de emoções sinto o quanto um coração pode ser forte por suportar uma carga tão grande de vida!
Tenho visto comportamentos fabulosos diante de tudo que vivo, tenho visto também comportamentos inexpressívos e outros inexplicáveis e outros ainda incompreensíveis e sem razão, e o meu coração vai guardando esses como se ele fosse infinitamente grande.

Vejo que o coração pode ser também tão surpreendente que a seu tempo suporta as intemperes e as alegrias como as estações do ano. Um membro mais ou menos do tamanho de uma mão fechada em punho acumula claridade, luz, calor e esplendor do verão, flores e ar fresco da primavera, rajadas de ventos fortes que derrubam as folhas das arvores, céu triste e nublado do outono e tempestades, frio, céu cinzento e triste, e a humidade como a do inverno. E penso de novo que vivemos o que temos para viver.

E a alma nunca fica farta da vontade de viver e de se realizar porque o coração é tão grande e forte que vai ciclicamente de uma estação a outra até o dia  em que ele resolve não mais bater.

Pode-se dizer que assim viveram e vivem os mortais celebres e os não notórios. Simplesmente os humanos!


                                                                                                      Clara3amores®

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