“As palavras só conseguem transbordar
quando encontram uma alma poeta”.
Rosa Berg
Rio como palavras transbordante
É tão interessante, quando
os sentimentos ficam revoltos em nosso peito e as palavras vão se juntando em
nossa mente formando nossas ideias de todas nossas emoções sejam elas tristes
ou alegres. Formamos quadros que já foram vistos ou vividos que deixamos para
trás. Imaginamos os que poderiiiiam ser vividos, ou aqueles que desejamos ter
vivido, mas como diz Adriana Calcanhoto “nos deixam esperando, parados ali na
estação”. Ficamos vendo tudo passar com a mente cheia de ideias e as palavras
juntam-se declarando nossos sentimentos sem nenhum esforço ou ansiedade de
expressão.
Ah meu Deus! O mundo é tão
estranho para mim. As mudanças feitas em pouco tempo e por tudo que estar
existindo parece que tirou o sentido das coisas, a graça, e o encanto que os
humanos deveriam ter até o fim de suas vidas não importando o quando.
Uma cecóia vive séculos,
uma tartaruga vive até trezentos anos e os humanos vivem pouco numa degradação
espantosa do que poderia ser bom em todas
às fases da historia.
“Deixar transbordar as
palavras” para alguns é esvaziar um pouco a alma para dar lugar a novos
sentimentos que nem sabemos explicar. Agora no meu caso, é assim que me sinto! Esvaziando
a alma para areja-la, compreende-la porque às vezes eu mesma não consigo
encontrar exata compreensão de mim mesma. Se for difícil saber de nós mesmos,
pense querer saber de outros.
Sinto saudade às vezes do
cheiro da minha mãe, do suor do meu pai, do perfume de meus filhos, do leite
que tomavam. Do estilo de cada uma das minhas irmãs, do meu irmão e vejo todo
tempo que o tempo é um “flach”, muito rápido. Estou cansando de escrever isto! Parece
maluco, mas às vezes coloco um pouco do meu perfume em mim mesma para velar
esses sentimentos em relação a outros, que não estão pertos.
Eu sou assim e assim eu vou
passando pela minha existência, procurando entender, procurando não sofrer,
procurando não chorar, querendo uma forma menos sofrida de amar. Afinal os
escritos de quem escreve, palavras de Rosa Berg, são fugitivos de uma gaveta
aberta. E a “gaveta” que existe em mim é forçada, fechadura arrancada e meus
pensamentos fugitivos fogem.
Clara3amores®
Imagem de quem preza estar juntos.
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