Sentir vergonha de alguma
coisa que não fomos nós que praticamos ou não contribuímos para que aquilo se
tornasse realidade próxima de nós é resultado de uma hipocrisia camuflada. Em muitos
casos, existe a dor e a vergonha no íntimo, mas se o mundo manda aceitar, então
aceite com suas justificativas de falsa moral. Embora se corroendo. Porque sentir
vergonha de algo que não fomos nós que praticamos ou sofremos tanto por
decisões pessoal de outras pessoas? Resvala em nós porque amamos só por isso. Mas
nosso amor não tem poder nenhum de transformar o que é errado em certo. Se fossemos
um monólito seríamos dormentes e devemos tomar a peito nossa integridade, não é
mesmo gente ou não é? Se não nos aceitam com nossas ideias e nossas razões,
porque eu deverei ter a obrigação de aceitar de outros que não estão
considerando ninguém nem a valores nem pessoas a quem só devem gratidão.
Sei que pareço intransigente, às
vezes até sou, mas às vezes também sou para lá de compreensiva e retrocedo
quando percebo meu erro. Muitas vezes não é fácil porque temos um rosto a
expor.
Acompanhei um caso de amigos
queridos que me levou a uma reflexão de dias, sou mãe, não sou um monólito, mas
gosto de aceitar a verdade como ela é.
“Quem não aprende com o amor, aprende
com a dor”. Nesse caso não com minha dor, disse uma mãe.
Uma filha muito querida, única,
amada por todos começou um namoro com um rapaz que a família não aprovava por
não conhece-lo. Conhecido pela internet, a filha tornou-se irredutível. Que pena!
Menina maravilhosa. Sinto tanto! Os pais deixaram expressamente claro a decisão
por eles tomada: “decida, se não terminar esse namoro, descida o seu caminho
escolhido por você, mas filha isso não dará certo! Não queremos que ele
frequente nossa casa e por isso queremos que se case. Para que ele não pense
que somos conivente”. Mas ela não pensou nem pesou os prós e os contra e casou.
Gente isso para uma família ordeira é um luto! Em cima de muita dor injusta
esses pais superaram e continuaram vivendo. Para você, quem tem que pagar a conta
dessa dor?
Depois de certo tempo, e não demorou
muito, a filha quis achegar-se e os pais a ouviram para não serem negligentes: “estou
me sentindo só, ele não me trata como antes, sai e não me leva nem diz aonde
vai. Talvez se vocês o recebessem aqui ele voltasse a ser o que era...” mas a resposta dos pais foi inteligentíssima:
“em que momento filha, você parou ao menos para ponderar nossa opinião? Em que
momento você parou para pensar em nosso amor e em nossos conselhos e em nossa experiência
de vida? Quando você pensou na nossa dor e decepção? A parábola do filho
pródigo nem cabe a você porque você não estar arrependida de ter agido errado,
não, estar apenas querendo que passemos a aceitar o errado como certo para ser
conveniente a você. Não filha procure ser feliz com sua escolha”. Não foi fácil
não viu? Qualquer decisão que esses pais tomassem iria sofrer então sofrer, mas
corrigindo, que é o caminho mais duro, mas que eles sabiam que poderia ser o
melhor.
Todos os dias me convenço que meus
amigos agiram ferozmente certo. Eles vivem em paz, “como que em uma sala de
espera”, numa boa expectativa, sim, porque não? Acredito que tudo dará certo, “os
frutos não caem longe da árvore” diz o ditado, e a menina acidentou-se no percurso
de sua vida.
Exemplo de pais, amo tê-los como
amigos, são coerentes, não permissivos.
O futuro chegou, a modernidade aí
estar, então me perdoe os de outra opinião. Porque na minha, os filhos precisam
ver nos pais uma autoridade justa.
Na maioria dos casos, a
atitude desses pais é como uma intervenção cirúrgica, os benefícios não são
imediatos, porem poderá haver cura e restauração. Estou com eles nessa espera!
Clara3amores®
Concordo com a atitude desses seus amigos, dizer não, tambem é forma de amar de proteger.
ResponderExcluirSempre mantive uma atitude de diálogo com meus filhos sobre muitos assuntos. Outro dia meu filho mais novo me apresentou a namorada, gostei dela, conversamos por algum tempo e temos nos encontrado e cada encontro vejo nela uma boa pessoa. Aí comentei com meu filho que havia gostado muito de sua namorada, ao que ele respondeu imediatamente: - Eu já sabia que a senhora iria gostar e eu respondi como assim você sabia? rs, rs,rs... ele disse conheço a senhora. Fiquei pensando e percebi o quanto meu filho valorizou tudo que eu havia exemplificado para ele. Sou muito amorosa com meus filhos e isso faz toda diferença nos resultados finais das escolhas da vida. Plante tudo na vida com amor e o retorno virá, mais cedo ou mais tarde.
Muita Paz
Nesse mundo de valores trocados, parece que remamos contra a maré. Mas não, é bom mesmo que as coisas não saiam como queríamos, não há nada melhor do que o censo do dever cumprido. É assim que penso. Nada como uma consciencia tranquila! Você é um exemplo de mãe.
ResponderExcluirBjs de Clara3amores
Obrigada pelo comentário.