NEBLINA E BRUMA

                                     OUÇAM AS MUSICAS

                                                                               

      Que tempo breve encoberto por uma neblina, névoa que interferiu minha vista ver o outro lado. Breve também foram os momentos reticentes de nossa vida que poderiam alongar-se de ternura e acalanto para ti. Deixas-te ir ao tempo coisas que não quiseste ou não valeria a pena submeter-te em procurar alcançar por causa dos ciclos concêntricos e liberdade incondicional tua.

     Vazio é o que estou sentindo agora. Simplesmente por não saber em que altura estou ou a qual fiquei para ti. Déstraqué sou eu, num universo insólito, que se estivesse em meu poder o destruiria com ternura, mas de maneira decisiva. Em momentos assim é que podemos ver que nada somos ou nem um pouquinho do que pensávamos. Saber o que pensas sobre este momento em que estais distante me perturba e involuntariamente me torna metediça e curiosa, predicados que não são meus.

     Por ventura, não sei, estais vivendo, eu existindo!

                                                                     

                                                                    Aimée


      Aimée escreveu em seu diário muitas cartas. Assim como Roberta escreveu o seu diário que teve uma repercussão muito grande entre as adolescentes da época. O diário de Roberta foi muito lido. Incutia senso nas jovens com sua forma ingenua porém criteriosa.
            Aimée escreveu também em gênero diferente, mas posso salientar que ela quanto Roberta foram jovens que assim como eu agora ignora o mundo atual. 

                                                                    clara3amores