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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

CONTINGENCIAS / ZIZI POSSI



                                            
                                                                               





Todo mundo tem suas contingências na vida. Algumas pessoas são tão fortes que vivem essas contingências como um desafio e outras “deixa a vida me levar, vida leva eu”, e ainda outras se sentem tão acuadas por elas que ficam imobilizadas.

Esse raciocínio de Dorival P. Franco foi à expressão mais bem elaborada em termos das contingencias na vida das pessoas. A forma mais comum de se sentir diante delas e como elas podem afetar uma pessoa no seu dia a dia. (clara3amores)

Nas contingências afligentes do cotidiano e ao largo das horas que parecem estacionadas sob a injunção de dores íntimas, extenuantes, que se prolongam, não te deixes estremunhar, nem te arrebentes em blasfêmias alucinadas, com que mais complicarás a situação. 

Tempestade alguma, devastadora quão demorada, que não cesse. 

Alegria nenhuma, repletada de bênçãos e glórias, que se não acabe. 

A saúde perfeita passa; a juventude louçã desaparece; o sorriso largo termina; a algaravia de festa silencia... 

Da mesma forma, o aguilhão do infortúnio se arrebenta; a enfermidade se extingue; a miséria muda de lugar; a morte abre as portas da vida em triunfo... 

Tudo quanto sucede ao homem constitui-lhe precioso acervo, que o acompanhará na condição de tesouro que poderá investir, conforme as circunstâncias que lhe cumpre enfrentar, ao processo da evolução. 

Os que aspiram à fortunas alegam, intimamente, que se as possuíssem mudariam a situação dos que sofrem escassez. No entanto, os grandes magnatas que açambarcam o poder e usufruem da abundância, alucinam-se com os bens, enregelando os sentimentos em relação ao próximo... 

Quantos anelam pela saúde, afirmam, no silêncio do coração, as disposições de aplicá-la a benefício geral. Não obstante, os que a desfrutam, quase sempre malbaratam-na nos excessos e leviandades com que a comprometem, desastrados... 

O bem deve ser feito como e onde cada qual se encontre. 

Em razão disso, as situações e acontecimentos de que se não é responsável, no momento, devem ser enfrentados com serenidade e moderação de atos, por fazerem parte do contexto da vida, a que cada criatura se vincula. 

A vida são o conteúdo superior que dela se deve extrair e a forma levada com que se pode retirar-lhe os benefícios. 

Um dia sucede o outro, conduzindo as experiências de que se reveste, formando um todo de valores, que programam as futuras injunções para o ser.
Recorre, as situações diversas, aos recursos positivos de que dispões, e aguarda os resultados dessa atitude.

Dorival P. Franco


                                                                                          Dorival P. Franco por clara3amores.

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