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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A ALMA NÃO SABE O QUE NÃO LHE PODEMOS DAR

       






“Quando tudo pede um pouco mais de alma”. Isso realmente não tem sido meu caso. Minha alma transborda de apelos inquietantes que o corpo não obedece.  Meu estado de ebulição estar chegando a doer por que a alma quer voar, fugir, ver coisas conhecer pessoas. Estou parada, travando-me em mim mesma e cansada, muito cansada.

Tenho ouvido tantas coisas que  fazem  me sentir em um jardim de infância ou num lugar para pessoas que não pensam. O mundo! Tudo tão primário.

As coisas que quero estabelecer para mim mesma parece montanhas intransponíveis e me fazem  sentir muita raiva da existência onde essas frases feitas mais populares se tornam tão medíocres que ferem minha retina quando as leio e aos ouvidos quando escuto.

Convivência também se torna um caso a se pensar porque é duro viver sozinho, porém duro também é quando não nos sentimos completos.

Creio que a maior parte das pessoas se sente assim, mas não conseguem se expressar ou não sentem nada, de repente...

Eu com esse meu jeito e maneira de pensar quero saber, criar, ter novas ideias, ver e conhecer o novo naquilo que minha alma necessita que por sua vez não seja nada complicado. São anseios sonhados na infância e que foram destruídos por impossibilidades. Impossibilidades ou covardia não saberão no momento. O que sei é que não estou sabendo de nada!  

Devo ser franca ao dizer simplesmente o que sinto porque o que eu sinto é meu, só meu. Alegrias superficiais, dores, alegrias profundas, tristezas perfurantes, esgotamentos e desassossego. Tudo é meu e entre meus lençóis tudo que posso levar comigo para meu sono às vezes quieto às vezes fatigado.

E eu sempre só comigo mesma

E começo a entender que a alma nos pede o que não lhe podemos dar.

                                                                    Clara3amores®

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