“Quando tudo
pede um pouco mais de alma”. Isso realmente não tem sido meu caso. Minha alma
transborda de apelos inquietantes que o corpo não obedece. Meu estado de ebulição estar chegando a doer
por que a alma quer voar, fugir, ver coisas conhecer pessoas. Estou parada,
travando-me em mim mesma e cansada, muito cansada.
Tenho ouvido
tantas coisas que fazem me sentir em um jardim de infância ou num
lugar para pessoas que não pensam. O mundo! Tudo tão primário.
As coisas que
quero estabelecer para mim mesma parece montanhas intransponíveis e me fazem sentir muita raiva da existência onde essas
frases feitas mais populares se tornam tão medíocres que ferem minha retina
quando as leio e aos ouvidos quando escuto.
Convivência
também se torna um caso a se pensar porque é duro viver sozinho, porém duro
também é quando não nos sentimos completos.
Creio que a
maior parte das pessoas se sente assim, mas não conseguem se expressar ou não
sentem nada, de repente...
Eu com esse
meu jeito e maneira de pensar quero saber, criar, ter novas ideias, ver e
conhecer o novo naquilo que minha alma necessita que por sua vez não seja nada
complicado. São anseios sonhados na infância e que foram destruídos por
impossibilidades. Impossibilidades ou covardia não saberão no momento. O que
sei é que não estou sabendo de nada!
Devo ser
franca ao dizer simplesmente o que sinto porque o que eu sinto é meu, só meu. Alegrias
superficiais, dores, alegrias profundas, tristezas perfurantes, esgotamentos e
desassossego. Tudo é meu e entre meus lençóis tudo que posso levar comigo para
meu sono às vezes quieto às vezes fatigado.
E começo a entender que a alma nos pede o que não lhe podemos dar.
Clara3amores®
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