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quarta-feira, 8 de maio de 2013

AI AMOR INCOMPREENSÍVEL AMOR!!!


                                                                     
     


PORQUE A MAIORIA DAS PESSOAS PASSAM POR ISSO?
             
EM DESTAQUE: A LETRA E A INTERPRETAÇÃO.



      “Por que me sinto assim?
Tenho explicações que não conseguem explicar nada, a este respeito. Esse medo do que não existe mais para mim, sinto que é por eu não ser valente. Não sei se sou ou se não sou. Pois já não me sobra nada, além de um vazio que já não se preenche com nada, não aceita nada, nem o que digam, nem sugestões. Porque isso que sinto, não raciocina, não pensa, não absolve nada. Então é inevitável este sofrer reprimido como uma criança presa nas mãos dos pais sem poder brincar. Tentar evitar é outro sofrimento. Será eu agredir a mim mesma com uma autodisciplina sofrida com regras e com vontades que não são minhas.
             O tempo e a vida nos refinam, ou nos embrutece nos sensibiliza ou nos tornam insensíveis, às vezes apáticos, por calejar alguns desses nossos sentidos, de uma forma ou de outra.
            Sim, o que nos resta depois de certo tempo na vida? É aceitar ou não aceitar; dizer o que? Fazer o que? E para que?
            Aquele adeus foi um marco de vida, com sombras, de palavras ao vento que atingia o coração indelevelmente, de gestos, momentos de carinho, que iriam doer por não tê-los mais até o fim da vida, quem sabe?
           Dor, dor, dor...
           Espera, espera, espera...
           Não houve volta!
           Encontros involuntários pela vida e pelo tempo promovidos promoveram também cobranças inoportunas sem sentido. Passou o que tinha de ser e não foi! Muito sofrimento mental. Há quem esqueça, eu penso experiência ou martírio? Amor transformado em puro martírio!”
            Aimeé precisou reaprender a viver com aquela falta contínua e inoportunamente insuportável, inaceitável para ela, como um luto velado, escondido, como alguém arrancado dela.
            Ela sobreviveu com sua ingenuidade! O mundo era outro. No epílogo do seu diário ela deixou claro que foi refeita, embora com uma discreta cicatriz. Seu espírito não mesmo.
            Ficou nela aquela lembrança dele que não lhe fazia bem: “ele se afastando dela naquela rua, e com ele tudo em questão de ilusão, momentos, palavras, sorrisos, abraços, alegria de viver”.
            E dela? Menos da metade do que ela poderia ter sido...  Sabe Deus!

                                           Epílogo do diário de Aimeé
                                             Por clara3amores            
                                    

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