Livraria Cultura

quarta-feira, 8 de maio de 2013

"TAMBOR DE TODOS OS RÍTIMOS"


                                                                           
                                                                           
             FILÓSOFO, PSIQUIATRA E PROFESSOR DE PSICOPATOLOGIA GERAL                                         




     "Os físicos e, amplamente, os defensores da racionalidade abstrata pregam a limitação do tempo. Mas estão equivocados. O homem se mantém desolado diante do enigma do tempo, porque nenhum cálculo pode definir sua natureza”. Mauro Maldonato.

       Entre tantas coisas que provocam crises existenciais é o tempo em todas às esferas que permeia o homem. Sim, o que posso entender sem ser no plano da mais alta competência filosófica de Mauro Maldonado que o tempo não se explica. Numa belíssima entrevista a revista “filosofia” foi indagado a ele: Todos esses mistérios justificam sua tese de que o tempo é considerado o enigma dos enigmas?
_O tempo é a vida... mas definir o tempo significa, como no mito...
_Niezsche associa o tempo à liberdade...
_É uma pergunta decisiva, mas para a qual não tenho resposta. Penso que cada um deve, dentro dos limites do possível, encontrar um sentido diante da vertigem inexorável do tempo.
        Uma longa entrevista filosófica e finalizar numa resposta simples e incisiva!
         Crises existencial, dor, tristezas, coisas boas também, coisas que me foram tiradas, coisas que me foram dadas, outras restituídas e outras que nem desejei. Mas o que Maldonato poderia me dizer do tempo que passou. Que parecem estar em contenderes hermeticamente fechados sem nenhum acesso.
            Repaginei um escrito passado que favorece esse tema em que vivemos num sistema que só se ouve: "não tenho tempo". Aproveitar o tempo para rever conceitos, tentar diminuir as dores e salvar o que ainda pode ser salvo isso é literalmente aproveitar o tempo.
         Existem tantos provérbios e pensamentos bíblicos, muçulmanos,  islâmicos, etc. Mas nada o para nem o dentém. Ele segue seu rumo como um rio caudaloso arrastando momentos bons, momentos ruins. Lá se vão pessoas nele, no tempo. E trazendo pessoas também, abrindo caminhos, fechando brechas. “O tempo faz milagres”. Pode preencher e esvaziar o coração, dependendo de como o usamos. Tudo isso eu vejo o tempo fazer. Ás vezes eu o temo e às vezes eu o abençoo.
O tempo só não tem o poder de desfazer o que foi produzido  com amor ou com a 
maldade. O tempo é tudo que se pode e cabe se dizer dele, menos que ele consiga destruir um amor, às vezes pode até deformá-lo, mas ele continua lá. Dentro da esfera humana. Penso, que seja, para os que tenham poder para isso preserva-lo, mas até mesmo isso, a custos.
           “Tempo, tempo, tempo, tempo.
             És um senhor tão bonito e tens a cara do meu filho
               Tempo, tempo, tempo, tempo."
                                               

                                                                     Clara3amores®       

              

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