Livraria Cultura

sexta-feira, 21 de junho de 2013

É PRECISO SABER VIVER, MAS SERÁ QUE ISSO SE APRENDE? UM CAMALEÃO CONSEGUE!


                                                                                 


Eu cresci, amadureci, envelheci e não aprendi algumas coisas na vida. Entre elas, a lidar com os momentos de perdas, seja lá do que for. Mas a vida não poupa ninguém e assim fui perdendo coisas, porque perder não depende de mim. Perdi as minhas idades, algumas felicidades, algumas pessoas queridas, amores que eram para sempre, perdi até saúde por sofrer por bobagem. Já até me perdi de mim mesma... Confesso perder não é fácil para mim.
Não sei chorar e na perda a dor da minha alma borbulha em minhas veias até me sufocar. Por sorte, nunca perdi a memória, mas nos momentos das perdas,
como não gosto de reviver histórias para não entregar a dor o troféu da vitória, aprendi a virar camaleão. Eu sou um camaleão e mudo de cor.
Tenho esse jeito meio esquisito só pra esconder a minha dor. Se a tristeza tenta me fazer chorar, sufoco o meu grito, finjo um sorriso para que minhas palavras não se façam em movimentos bruscos e os meus sentimentos não me atropelem. Não gosto de me machucar, odeio machucar alguém. Sou camaleão. Levanto a cabeça e deixo o corpo preso nas paredes. Busco o sol às avessas. Se tenho medo, mudo de lugar, fico quieta até o medo passar. E nesse meu coração disparado, que vive atropelado pelos sonhos e a razão, a loucura tem o seu cativo lugar e me inventam mil razões para eu continuar a caminhar.

    Uma das minhas escritoras preferida, já disse isso!
Existem pessoas que nascem, passam por coisas que parecem que são tonificadas pelos seus sofrimentos e experiências tão negativas. Tornar-se camaleoa não é fácil não, de jeito nenhum, não é. Quando eu li de frente com a fera, dessa escritora eu senti que ela é raçuda e encara às adversidades da vida com garra. Assim existem muitas, mas só posso exemplificar as que declaram e não escondem sua fibra. Diferentemente das que são dúbias em seus pensamentos, uma hora diz uma coisa outra hora diz outra. Vã gloriar-se não é ser exemplo de coragem e saber expressar isso com coragem entre tantos outros escritos de gêneros tão diferentes. Dela flui a consciência humana de uma mulher.
    Mário Quintana mencionou que uma leitura só se tona um poema se atingir sua alma. Os escritores tem esse dom de ensinar poetizando. Isso é lindo ao meu ver. Uma arte, que se faz pintar uma tela em nossa mente. Pronto, um quadro foi pintado. Na minha mente o quadro de uma camaleoa se protegendo com suas nuances no seu cenário seja ele de dor ou de alegria.
    Diferente de Rosa eu choro, porque nada em mim borbulha preso. Preso em mim só meu corcel! Ah! Gostaria tanto de parabeniza-la pessoalmente Rosa, por ser tão sensível e não chorar, isso é uma proeza!


                                                      Clara3amores®

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