Livraria Cultura

segunda-feira, 1 de julho de 2013

COMO SERIA VOCÊ NO SÉCULO 19? / CANTO DAS TRÊS RAÇAS

                                                                           
                                                                               









                                                                             







                                                                               




                                                                               





                                                                             



                                                                                         
                    RETRATO DE JOAQUIM NABUCO ESTAMPADO NO LINHO FINO

                                                         SUAS HONRARIAS







                                                                      ALAMBIQUE


                                            JARDIM DO MUSEU HOMEM DO NORDESTE



                                                      INSTITUTO JOAQUIM NABUCO
                                                                                     


O Museu do Homem do Nordeste, fundado em 1979, pelo sociólogo Gilberto Freyre, é ligado à Diretoria de Documentação da Fundaj. Tem um acervo diversificado, com cerca de 15 mil peças de heranças culturais da formação do povo nordestino. É um dos mais importantes museus antropológicos do Brasil.
A nova exposição de longa duração, após a sua reabertura em dezembro de 2008, intitulada “Nordeste: Territórios Plurais, Culturais e Direitos Coletivos”, apresenta um mural da vida cotidiana brasileira.

No circuito expositivo, o passado e o presente se encontram com suas diversidades, referências, tradições e vanguardas, projetando a Região Nordeste como espaço múltiplo e forjador da identidade brasileira.

O objetivo não é mostrar pura e simplesmente quem é esse homem ou como se formou a região Nordeste. Trata-se de lançar a pergunta e, a partir de estímulos que evocam imagens e sentidos, desvendar memórias individuais e coletivas.
O Museu dá continuidade à opção pela museologia do cotidiano, já contida na imaginação museal de Gilberto Freyre, mas sem esgotar todo seu esquema conceitual.  Onde não se quer um cotidiano de teor nostálgico, saudoso, mas um cenário que revele as lutas e diferenças sociais; que expresse as tensões e complexidades produzidas no social; em que se realize a comunicação e a informação; em que ocorram as experiências materiais concretas e de produção de subjetividades, comportamentos e representações; e em que se produza ou não o processo de mudanças societárias e individuais.

O Museu do Homem do Nordeste não é só um espaço expositivo, é um espaço de descobertas, questionamentos e curiosidades que ampliam a bagagem cultural do indivíduo. É um local onde você encontra sempre o tipo de visita desejada, seja você um turista, estrangeiro ou brasileiro; um grupo turístico; uma escola pública ou privada; um visitante, um pesquisador ou professor.
Quando eu precisava fazer qualquer pesquisa escolar no ginásio eu recorria ao Instituto Joaquim Nabuco, na época era assim que se chamava, hoje o Museu do Homem do Nordeste.
    Senti muita saudade, hoje quando o revisitei depois de tanto tempo. Senti que ali naquele espaço estava um pouquinho da minha adolescência e juventude quando levava meus filhos ainda crianças para visitar um lugar que tantas vezes fui só, com amigas e lá eu podia ver a realidade dos negros do século dezoito e a luta dos abolicionistas,  corajosos burgueses e intelectuais que se preocupavam realmente com as injustiças que os escravos sofriam.
    Joaquim Nabuco, admirável aristocrata, um dos mais ávidos, se não o mais dos empenhados pela abolição.
     Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (Recife, 19 de agosto de 1849 Washington, 17 de janeiro de 1910) foi um político, diplomata, historiador, jurista ejornalista brasileiro formado pela Faculdade de Direito do Recife. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.
Foi um dos grandes diplomatas do Império do Brasil (1822-1889), além de orador, poeta e memorialista. Além de "O Abolicionismo", "Minha Formação" figura como uma importante obra de memórias, onde se percebe o paradoxo de quem foi educado por uma família escravocrata, mas optou pela luta em favor dos escravos. Nabuco diz sentir "saudade do escravo" pela generosidade deles, num contraponto ao egoísmo do senhor. "A escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional do Brasil", sentenciou.
“O verdadeiro patriotismo é o que concilia a pátria com a humanidade”
Nabuco era um monarquista e conciliava essa posição política com sua postura abolicionista. Atribuía à escravidão a responsabilidade por grande parte dos problemas enfrentados pela sociedade brasileira, defendendo, assim, que o trabalho servil fosse suprimido antes de qualquer mudança no âmbito político.
A abolição da escravatura, no entanto, não deveria ser feita de maneira ruptúrica, ou violenta, mas assentada numa consciência nacional dos benefícios que tal resultaria à sociedade brasileira.
Também não creditava a movimentos civis externos ao parlamento o papel de conduzir a abolição. Esta só poderia se dar no parlamento, no seu entender. Fora desse âmbito cabia somente assentar valores humanitários que fundamentariam a abolição quando instaurada.
Criticou também a postura da Igreja Católica em relação ao abolicionismo, chamando-a de "a mais vergonhosa possível", pois ninguém jamais a viu tomar partido dos escravos. E emendou:
"A Igreja Católica, apesar do seu imenso poderio em um país ainda em grande parte fanatizado por ela, nunca elevou no Brasil a voz em favor da emancipação".
      Em pensamentos meus, não acredito que a modernidade, a democracia tenha trazido a tão sonhada liberdade se em pleno século vinte e um ainda se fala de preconceito sobre os negros ainda e mulheres...
    Essa falta de liberdade velada obscurece-se por alguns poucos que realçam, mas a chaga da sociedade está lá, está aqui e por acolá. “Homem tem dominado homem para seu próprio prejuízo”. Advertiu um profeta. E a história se embaraça em suas próprias façanhas injustas e abomináveis. Foi essa a sensação que senti quando fui ali naquele lugar hoje, em que entrei para pesquisar coisas que eu não tinha a noção da dimensão dos problemas humanos, social, político, cultural, ético de um pais nem tão pouco do mundo.
    A escravidão na minha concepção não foi diferente em nada do holocausto, porque nos dois casos uma raça se sobrepunha a outra. No entanto dentro de nós nosso sangue tem a mesma cor. Nossos órgãos internos são iguais, com a mesma  função respectivamente. É inconcebível para mim separar um filho de uma lactante e colocá-lo a venda inescrupulosamente sem considerar a dor, o coração  numa venda estúpida! Meu Deus não gosto nem de pensar! mas existiu, e o pior é que esses senhores eram os mais considerados por serem ricos senhores feudais, austeros, tanazes, absolutos em sua posição escravocrata. Que palco esse mundo é gente! De histórias escabrosas e que não cabe bem numa mentalidade que abomina sofrimentos de outros, que a posição e os direitos rebaixados de outros incomodam.

    Mas não podemos negar nossa vergonhosa historia!  


    NABUCO DIZ "SENTIR SAUDADE DO ESCRAVO" PELA GENEROSIDADE DELES, NUM CONTRAPONTO DO EGOÍSMO DO SEU SENHOR".

                                                                                      Clara3amores®

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