Os dias passaram, 5 dias, o corpo todo paralisado, preso pelas ferragens, só uma mão se movimentava e foi com essa mão, que ele pegava as laranjas e as comia durante esses infindáveis 5 dias. Sobreviveu em baixo de um caminhão que tombou em um barranco altíssimo numa rodovia, deserta pouco transitada no momento. Ninguém encontrava Renato. O barranco era alto demais, impossível a Polícia Rodoviária Federal encontrá-lo. Renato até ouvia os carros passarem na rodovia, mergulhado nas laranjas que carregava. Como sempre digo, o amor é definido por ações positivas e definitivas, é a força motriz que move os bons seres humanos. Movido por esse sentimento o pai de Renato sai de carro a procurá-lo e rastreá-lo. Desse acontecimento fatídico, o pai não esqueceu que Renato o havia dito seu roteiro de viagem. Ele percorreu todo o caminho, o estradeiro que seu filho o havia lhe dito, então ele saiu à sua procura de barranco em barranco. Deu muito trabalho, mas o que é isso para um pai com desejo de encontrar um filho querido? E ele o encontrou, que felicidade! O socorro foi chamado imediatamente e tiveram muito trabalho para tirar Renato daquela condição, mas tudo deu certo.
Mas afinal, Renato era um jovem dependente? Submisso, ou dono dos seus atos? Dono dos seus sim, porém filho, um homem de 42 anos de idade, caminhoneiro de profissão. Filho, amigo e presente, humilde com certeza.
Que bela experiência de amor!!!
Eu não conheço você, Renato, mas estas orquídeas do meu jardim são para você!!
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