Não sou chata, não! Sinto muito pessoal, me desculpem se não vou agradar. Tenho que ser verdadeira.
“Vou dar uma fugidinha com você”
“Nossa assim você me mata!”
“Lê, lê, lê se eu te pego você vai ver!”
“Tchê, tchê, rê, rê, rê, tê ,tê”
Eu não consigo entender como se pode chamar este estilo de música sertanejo universitário.
Algum tempo atrás a palavra universitário, sugeria outra coisa, colocava o indivíduo numa posição e conceito ilibado, postura clássica, gostavam da nata da MPB. Entendiam suas letras subjetivas, (pai, afasta de mim este cálice (cale-se) inteligentes no que diz respeito a responder pergunta inesperadas, preparados, mesmo não sendo cdf.
Ah gente, eu iria ficar muito triste se meus filhos gostassem desse estilo de música, que nos dão a entender, o por quê de tantos jovens desqualificados em suas profissões
Mocidade bonita, porem sem conteúdo. Vai ficar o que quando amadurecerem? Observo os jovens mais próximos de mim, são calados em casa, mal humorados, mundinhos próprios.
Entender que minha opinião não influi nem contribui, não impede de informa-la a quem quiser saber, tenho meu direito de expressão e usufruo dele, sabendo que os pontos de vista divergem. Isto é uma coisa muito boa! Embora seja radical em saber também que verdade só existe uma. Por exemplo: para mim, a música sertaneja é outra coisa, é cheiro de mato, capim crescendo, canto de pássaros, águas límpidas que correm em riachos, rios e cascatas, pantanal, rancho, terra, chão, aboio e boiada, cavalo baio, morena, cabocla, arado cortando o chão, flor, fruto, amor conquistado com bravura e recebido com ternura. Será que dar para notar a diferença?
A expressão música sertaneja está vinculada a quem pelo convívio, aprende a amar estas coisas e se inspirar ao senti-las. E isso não é para todo mundo não, absolutamente.
Devemos respeitar a idoneidade musical de Almir Sater, com seu estilo pantaneiro, Renato Teixeira, com sua voz inconfundível que fala do interior, dos imigrantes japoneses e suas plantações de arroz, o pé de araçá, depois da curva da estrada e da lida com terra de sua família, Chitãozinho e Xororó, com seus ricos clássicos, “nós somos assim como a flor e a raiz,” ’’Fio de cabelo,” ’’colcha de retalho”, e tantos outros talentos, que não podem se ofuscar por fraude.
Que me desculpem esses rapazes, “meteoro da paixão”, e universitários, precisam comer muito feijão para se refinarem, já que alguns são músicos, em deixar para lá música de duplo sentido e de mau gosto. Ensinem as suas legiões de fãs a terem bom gosto.
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