Livraria Cultura

domingo, 2 de junho de 2013

CLARISSA QUE NÃO É A DE ÉRICO / FÊNIX JORGE VERNCILO


                                                                       


"COISA PEQUENINA
 CENTELHA DIVINA
RENASCEU DAS CINZAS
ONDE FOI RUÍNA
PÁSSARO FERIDO
HOJE É PARAÍSO
LUZ DA MINHA VIDA
PEDRA DE ALQUIMIA
TUDO QUE EU QUERIA"

       O tempo passou e como “Carolina na janela” não percebi.
    Eu era adolescente, lembro-me como hoje, sentada embaixo das árvores frondosas, lindas, cheiro de mato, folhas, muitas folhas secas no chão. Cigarras, pássaros, frutas, e eu ali sozinha naquela mesinha de pedra lendo Clarissa de Érico Veríssimo. Ali no colégio todo mundo sabia que eu gostava de ler e ficar ali em aulas vagas. Sentia-me tão segura sabe? Um sentimento que para mim hoje é como nunca tivesse sentido. Eu ali com aquele livro nas mãos, displicentemente lendo Clarissa, a estudante da pensão que gostava de um peixinho no aquário. O tempo passou um pouquinho e eu estava lá no mesmo lugar lendo música ao longe, continuação de Clarissa. Todo mundo sabe!
    Mas o que eu nem mesmo sabia, era que depois de um tempinho tão pouco, eu estava com Clarissa nos meus braços. Só que essa era a minha Clarissa.
    Hoje olho para ela, com seus cabelos enormes, pretos, dona de si, agora penso: Clarissa ou Musica ao longe?

     Clarissa esteve sempre alcançável dos meus braços, dos meus abraços. Ás vezes,  presa em minhas pernas. Hoje, como música ao longe é sua presença, melodiosa, não é mais criança. Porém confundo-me! Clarissa ou música ao longe? Minha Clarissa!

                                                           Clara3amores®
                                                           Citação Jorge vercilo   

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