INCAUTOS / COMO UMA ONDA NO MAR

                                      O PINTOR FERDINAD GEORGE PRIMAVA EM SUAS OBRAS A FAMÍLIA E COMUNIDADE.                                    

    Tanto tempo se passou e eu estou  sempre a repetir isso porque fico pasma com a velocidade do tempo.

   Não quero falar mais de tempo, não, mas de acontecimentos da vida, de pessoas queridas que vão e veem. Pessoas que surgem de repente em nossa vida que nos parecem imprescindíveis, família, amigos e tudo que sou fica no meio deles e de tudo em minha volta.

   Sentar como o pensador de Rodin e adentramos em nossos mais profundos pensamentos, não duvidem, que seriam horas para encontrar remédios ou soluções para eles que poderíamos ficar como o próprio pensador, uma estátua. Esses ditados superados como “quem pensa não casa”, “não sei se me caso ou coloque uma venda” se superaram diante do modo de vida moderno. É tão difícil se pensar no que se refere às coisas comuns aos humanos! Mas existe uma gama alta no que se pensar e refletir, comedir, aceitar, rejeitar, abraçar. Muitas vezes ficamos indecisos em nossos caminhos (creio ser normal isso, levando em consideração que não sabemos de nada). O real para nós se torna o que é palpável, embora não temos nada seguro em nossas mãos, não somos nada! Nossas mãos são pequenas para segurar o mundo que existe em nós, só nosso, eu tenho o meu. Sim, porque temos um, lá no intimo que só nós e Deus somos conhecedores, e ele os conhece melhor que nós mesmos.

   As nossas experiências começam nos parecer ultrapassadas, regidas por algo que já é inexistente em nós. Embora saiba que existem pessoas que gostam de repeli-las sem enxergar o que é real. E real para mim é o que eu sinto. Não sou crédula ao que me é conveniente, porque sempre que envolve outros o que posso eu saber verazmente?

   Existem momentos em nossas vidas que é como se fossemos sair na chuva. Olhamos para um lado e para o outro para darmos aquela carreira como se não fossemos nos molhar, mas nos molhamos sempre.

   “Ninguém entra no mesmo rio duas vezes, pois quando isso acontece já não se é mais o mesmo, assim como as águas serão outras”. Heráclito  

    Mas no pacote que se forma a vida, dentro de mim esse pacote não se desfaz.
      Eu sempre expresso que as pessoas que gostam de escrever focam o amor em suas formas, ágape, filia, eros, porque o amor é a brisa, o vento, a claridade, a poesia, o que aquece, o que refresca. Quem renega-o não consegue enfrentar os incautos da vida. Não sei se estou certa mas é assim que eu penso.                                         

                       

                                              Clara3amores®