Livraria Cultura

sexta-feira, 15 de abril de 2011

HISTÓRIAS DE MENINOS E MENINAS PODEM SE REPETIR / AGEPÊ

           
                                                                               
              Era um tempo de sol. A atmosfera, mesmo se chovesse, nublasse e as folhas outonais caissem, mesmo assim o dia era lindo com perspectiva de felicidade sucessivas de encanto, e tudo ficaria bem, como o milagre do amor.
              Não adianta conjecturas. O milagre do amor existe e sempre existirá!
              Existem fatos intrigantes de pessoas que não sei nomes, mas eu sei que existem porque o fato é real. Não só um, mas vários. Mas é triste saber que estas pessoas, quando jovens, viveram estes dias de sol. Viveram essa atmosfera encantada que não abalava uma enorme disposição de amar. Alguns desses jovens amantes comprometidos em amar em qualquer estação que fosse, não sabiam que o mundo já há muito havia lhe preparado ciladas.
             Um dia, uma palavra que não esperava ser ouvida. Ela ficou triste mas passou. Outro dia, uma ação que a fez chorar perdida dentro de todo aquele encantamento estava como se evaporando daquela atmosfera de amor. E ela foi ficando triste em seu íntimo e perguntando: "O que é isso? Não lembro de ter percorrido este caminho. Este caminho não era o que eu desejava seguir."
             Por outro lado a pessoa que ela amava, que eu também não sei o nome, também ficou triste. Não via mais sorrisos, ideias e palavras que lhe eram tão peculiares e que fazia com que ela fosse especial.
             Afinal eu pergunto: o que fez acabar a sintonia e esta atmosfera tão linda de amor?  A resposta que eu consigo ter é que não é a vida como muitos dizem: "É a vida!" Para mim não pode ser a vida. A vida continua com suas estações, dias de sol e estradas a percorrer. O mundo pode não fazer o amor renascer. O orgulho pode obscurecer coisas lindas do passado. Não amar as mesmas coisas, pode.
             Falando de mim, eu fico estranhamente decepcionada porque sei que nos cinco continentes esses casais vivem lá, e eu não sei se alguns deles puderam reencontrar sua atmosfera de fusão e a certeza que nasceram um para o outro.
             Outra vez falando de mim, não gosto da frase, "se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi"! Amo boas emoções mas tento tirar de mim todo ranso de choro que chorei inutilmente. Quero lembranças das lágrims de alegria, de fé e de amor. Para mim não adianta viver como clichê, porque é ilusório. Ninguém quer sofrer.
             Neste momento único, como tantos que já vivi, dedico meus pensamentos a mim mesma porque eles me fazem uma pessoa melhor, e ao homem da minha vida, pai dos meus amados filhos, porque já estivemos embaixo de chuva de granizo, vento forte, e continuamos aqui enfrentando a vida e olhando para o sol tendo a certeza de que ele sempre existirá para nós.
             E o desejo ardente é que meus filhos jamais reprise essa moça e esse rapaz sem nomes. Que cultivem estas palavras de amor e afeto que precisam ser sempre lembradas e que as atitudes, entonação da voz sejam meticulosamente avaliadas. E vocês verão que a convivência será como uma estrada de sol.






              E Jeová disse: "Não é bom que o homem fique só." E lhe deu uma mulher de presente.

                                                                                            clara3amores