Dentro de tudo que eu
pensava, à medida que o tempo passa, eu percebo que há um desmoronamento dentro
de mim e outra se reconstruindo aos poucos. Toda pessoa tem seu começo na infância e a minha foi muito importante no que me deixou e também em muitas que deixou escapar de mim com
referência as coisas que acolhi fora dos
meus limites de casa por vontade própria.
Não sou eu sinto, a mesma
pessoa que começou a escrever meus próprios pensamentos, posso até já ter escrito
isso, porém isso se faz muito novo em mim.
Acredito que os seres
humanos são atingidos de forma bem diferentes quanto aos projéteis da vida,
sim, como se afetados em lugares diferentes e consequentemente reagindo diferente
em suas consequências resultantes.
Senti em mim mesma que
depois de um grande sofrimento não podemos mais ser a mesma pessoa, depois de
uma ingratidão totalmente fora da nossa expectativa somos que vacinados
adquirindo anticorpos de uma indiferença treinada por nós mesmos.
Diante das grandes alegrias,
que para mim é a que não sai do primeiríssimo lugar é o estado de se estar apaixonado,
porque é através disso que todas as outras coisas ficam belas e com uma
sonoridade diferente. E nos embebecemos por uma poesia ou um poeta, uma tela ou
seu criador, uma musica ou o seu autor... As artes nos despertam os sentidos
principalmente se estamos apaixonados... A natureza!
Dentro de tudo que revelo em
minha escrita estão andando juntas minha sinceridade, minhas experiências,
minhas emoções, minhas ansiedades e desejos. Desejos esses que não sei se são alcansáveis.
Sinto que estou
desarraigando de mim mesma. Uma planta nascendo outros ramos, outras folhas...
Dentro de um aprendizado
estranho, onde ninguém me explica nada e eu não faço questão de ouvir nada, as
coisas só acontecem e vão me mostrando... Vou aprendendo...
A flor que és,
não a que possa comprar,
te venho oferecer.
Em sua última hora de vida, Florbela Espanca repassa sua vida, relembrando os principais momentos, sempre fazendo menções também à sua obra. Ela começa contando uma parábola sobre vida, morte e destino que ela escreveu inspirada num conto indiano. Em seguida, começa a discorrer sobre o que pensa a respeito da vida, suas angústias, amores e dores. Florbela apresenta-se como uma mulher angustiada e ao mesmo tempo forte, mostrando quem ela é como pessoa e artista e pede para que a aceitem, pois só assim poderão lhe ter amor. Diz que sua dolorosa experiência ensinou que ela é só e que por mais que se debruce sobre o mistério de uma alma, nunca o desvenda, que o amor não passa de uma pobre coisa banal, incompleta, imperfeita e absurda. Sente-se triste, abandonada e só, pois tem esgotado todas as sensações artísticas, sentimentais e intelectuais. Sente-se afundar. Por fim, tem esperança de que alguém ao ler seus descosidos monólogos, realize o que ela não pôde: conhecer-se. Muitas vezes
em nossas confusões mentais não conseguimos entender que os acasos são inexplicáveis
porque nem sempre às razões das coisas, de nossos desencontros são explícitos. Ela
desencontrou-se como tantas pessoas nos conflitos humanos, mas quis deixar suas
experiências para que outros não sentissem as mesmas dores que as dela. É... existem
pessoas, eu sempre digo, que independentemente, de credo, nível social, raça,
etc... Sentem...
Pensei que eu jamais esqueceria! Mais
dentro das minhas ocupações e preocupações... Esqueci e ele mais uma vez
lembrou! Motivos de laços que devem ser fortemente atados, valorizados e amados
por uma mulher!
“Quando tudo
pede um pouco mais de alma”. Isso realmente não tem sido meu caso. Minha alma
transborda de apelos inquietantes que o corpo não obedece. Meu estado de ebulição estar chegando a doer
por que a alma quer voar, fugir, ver coisas conhecer pessoas. Estou parada,
travando-me em mim mesma e cansada, muito cansada.
Tenho ouvido
tantas coisas que fazem me sentir em um jardim de infância ou num
lugar para pessoas que não pensam. O mundo! Tudo tão primário.
As coisas que
quero estabelecer para mim mesma parece montanhas intransponíveis e me fazem sentir muita raiva da existência onde essas
frases feitas mais populares se tornam tão medíocres que ferem minha retina
quando as leio e aos ouvidos quando escuto.
Convivência
também se torna um caso a se pensar porque é duro viver sozinho, porém duro
também é quando não nos sentimos completos.
Creio que a
maior parte das pessoas se sente assim, mas não conseguem se expressar ou não
sentem nada, de repente...
Eu com esse
meu jeito e maneira de pensar quero saber, criar, ter novas ideias, ver e
conhecer o novo naquilo que minha alma necessita que por sua vez não seja nada
complicado. São anseios sonhados na infância e que foram destruídos por
impossibilidades. Impossibilidades ou covardia não saberão no momento. O que
sei é que não estou sabendo de nada!
Devo ser
franca ao dizer simplesmente o que sinto porque o que eu sinto é meu, só meu. Alegrias
superficiais, dores, alegrias profundas, tristezas perfurantes, esgotamentos e
desassossego. Tudo é meu e entre meus lençóis tudo que posso levar comigo para
meu sono às vezes quieto às vezes fatigado.
E eu sempre só comigo
mesma! E começo a entender que a alma nos pede o que não lhe podemos dar.
E surgem os
pensamentos bons sobre esse sentimento
Que aflora ,
revigora, tornando dois seres em um só
Quando tantos
poetas o exaltam e sabem o por que
E os por quês são
tantos e consideráveis
E isso me fazendo
lembrar frases memoráveis
De autores e
escritores que decantaram o amor
E para mim de
todas as memoráveis
A que fica é a que
o apóstolo Paulo expressou:
“Que o amor é o
perfeito vínculo de união”
Primo querido, Carlinhos
Minhas primas
Meus primos João e Tido
Clarissa...
Eu e minha irmã
Minha tia Luzia, mulher de força! cuidou de minha vó até os dias finais dela por aqui. alguém só sabe o peso dessa responsabilidade quem a experimenta. Cuidar!
Clara3amores®
Eu e minha família
desejamos a vocês, Carla e Luiz, que sejam felizes e que os obstáculos sejam apenas
obstáculos, motivo de seguir adiante... Beijos, beijos, beijos.