Um sentindo sentido de um alguém
Pode não mais
fazer sentido
Nem mesmo o
que eu possa estar sentindo
Mas o tempo
de espera cristalizou minha alma
Não me
permitindo ver o obvio, o real
O que
realmente houve em mim e não em ti
Brinquei com
fogo como criança.
O desconhecido!
E esse
desconhecido tornou-se meu respirar
Numa vida tão
sem alegria que eu podia inventar
Que era
alegre.
Quis me
reinventar em sonhos
Palavras
inverídicas
Promessas
irrealizáveis.
Voltar para
minha cela
Estar sendo
um infame tormento
Deixastes de
me dá expectativa
E tirastes as
que me deste
Sem pensar
nem um pouquinho
No que
pensaste, no que falaste, no que ergueste
Recuso-me a
acreditar em intenções escusas
Em coisas que
vivi apartada porque em ninguém confiava
Mas algo tão
a cima de mim me tomava
Imensuravelmente
e sem controle
E eu que
pensava que já havia vivido
Estava
vivendo e sonhando contigo
Sem saber ah!
Que estava envelhecendo e morrendo.
Clara3amores®