Livraria Cultura

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

... E MUITO MAIS /ALMIR SATER

                                                         
Ontem uma amiga me mandou uma mensagem e me lembrou que eu ainda não tinha colocado nada no blog. Realmente! O tempo tem passado mais rápido do que nunca! Mas o interessante é que quando a mensagem dela chegou, eu e meu marido estávamos conversando sobre as mudanças do mundo. Eu o abordei com a pergunta: “Você não acha que nossa geração presenciou mais coisas, mais acontecimentos, mais degradação moral, mais casos fatídicos, junto a um desenvolvimento que mais parece uma faca de dois gumes?”
Começando por nossas salas de aula. O cenário era totalmente diferente. Todos tinham farda, honrando nossa entidade colegial. Fardas limpas, modo de entrar e sair da escola. Os pais iam ao colégio ao final de cada unidade (ou etapa) para ver de perto o andamento do filho. Hoje é muito diferente! Tudo, tudo é muito diferente no comportamento humano. Os jovens se amancipam com 14 anos. Crianças já fazem sexo, fumam ou se drogam independentemente do grau escolar ou classe social. Sem contar com a frieza de espírito e uma indiferença de sentimentos. Vivem em seu “mundinho” descolado, relax, frio. Como eles mesmo dizem: “Ta tudo dominado!”
Fico pensando no meu pai que falecei aos 93 anos e desconhecia tanta coisa, que muitas delas para mim é uma realidade, para ele era utopia. Comportamento, educação, solidariedade, reverência, respeito aos limitados, como os idosos, doentes e crianças. Isto não existe mais! Atualmente temos um exemplo clássico: o comandante capitão do navio “Costa Concórdia” que bateu num rochedo e naufragou. Todo mundo viu isso nos telejornais. O treinamento dele, para ser um oficial e conduzir mais de 3 mil pessoas no transatlântico, naufragou com o navio. A frase para ele ficou mundialmente conhecida: “Volte a Bordo”. De que interessa isso? Interessa sim, porque como este comandante capitão, muitas pessoas têm abandonado seus postos na família, como maridos, esposas, filhos, amigos, e a indiferença é quem comanda. Existem pessoas que não estão neste padrão? Claro que existe. Mas eu garanto que não é a maioria.
Hoje tenho saudade de muita gente! Meus professores, por exemplo. Aos meus olhos de criança e de jovem, eu os via como pessoas destacáveis, exemplares, ilibados, honrados e eram assim mesmo. Falavam baixo, sem alteração, e tinham autoridade.
Vamos para frente. O que dizer do trânsito? Selvagem. Esta é a palavra porque não encontro outra. Se alguém faz uma barberagem com você, você é quem tem que pedir desculpas porque não se sabe o nível de estresse que essa pessoa se encontra e ela pode fazer até alguma coisa com você ou com seu carro. E mais! Essa maioria sem disciplina quer fazer com que esse comportamento negativo seja correto ou normal e que a lei dos bons costumes “já era”. Na verdade temos que “remar contra a maré”, e isto não é fácil! Mas como dizia o Chapolin, “o figuraça”, “sigam-me os bons”. Mais uma pergunta: será que essa geração ainda assiste ao Chapolin Colorado ou Chaves? Sei não, viu?
Levando em consideração a educação que meus pais deram aos filhos, eu gostaria que meus filhos, que é a herança que Deus me deu, que assistia ao Chaves, ao Chapolin, ao Gato-Félix, Pica-Pau, Bozó, Balão Mágico e Xuxa, eu os mandaria blindar aos dois, meu filho e minha filha. Mas isso não é possível, eu sei. Por isso eu os entrego à “babá mais que perfeita”, Deus. Porque só Deus pode os livrar de todo o mal; não só a eles, mas meu marido, meus irmãos, familiares como um todo, amigos….
Como Ana Carolina, eu digo: “É isso aí” e muito mais.

                                                                              

                                                                                    CLARA3AMORES

FIZ MAIS QUE PUDE /SANDY


                                                                       
                                                                                  
              Esta música “Fiz mais do que pude” me tocou especialmente e veio lembranças de outras músicas que parecem que foi eu quem escrevi ou escrevera para mim. Os sentimentos foram tão parecidos que as ondas sonoras penetram em nosso coração fazendo ruminar saudade. Geralmente a música só me dá boas sensações. Amo músicas! Boas músicas. Que tolice! A música é boa para quem gosta, até axé e pagode. Não estou recriminado quem gosta porque isso é pessoal.
            Interessante! Fiz mais do que pude mesmo. Algumas pessoas auto-suficientes (que se acham!), sempre acham facilmente as fraquezas de outras pessoas, não entendendo que esta vida só vale a pena mesmo quando ajudamos alguém com fraquezas diferentes das nossas. Entender isso é mesmo muito difícil. Se Deus, que fez todas as coisas, não cobra, não atormenta os humanos, por que alguns mortais se acham? Na verdade na minha concepção, nós não podemos dizer isso a Deus.
            Geralmente as músicas lembram as fases de nossa vida em que fomos inocentes, idealistas, crentes em quase tudo… Este pouquinho que resta do quase é que pode nos colocar em chão firme, aterrisar e poder andar em frente e dizer: “Fiz tudo o que pude.”
                                                                                 

                                                                                 clara3amores


RETROSPECTIVA / LEVA-TIN MAIA

           




                                                                  




            Há algum tempo, retrospectar, olhar para o passado e no período de um ano, parecia olhar para um túnel muito longo. E olhando para o começo víamos uma pequena claridade e uma centelha de luz.
            Hoje acontecimentos atropelam acontecimentos. A vida frenética das pessoas em geral abreviam esses 365 dias num passe de mágica.
            Falei sobre o tempo, e o tempo tem realmente feito muitas coisas, mudança de ideias e propositando muitas coisas boas também. Dádivas, presentes maravilhosos, materiais , apoio moral, filhos felizes, etc.
            Como eu já disse, reli o que tenho escrito e percebi a atmosfera de melancolia que envolve meus pensamentos. “Será que estamos preparados para tudo?”, que escrevi, revela a minha pessoa como alguém que tem melancolia, porém entende que o que tem, em tudo é satisfatório (parece uma antítese!) Mas é verdade!Gente, não sou negativa, não! O problema é que muitas coisas, por exemplo, o que parece impossível, traumatiza. A vida é cheia delas e o reflexo desses acontecimentos surgem quando refletimos. E eu só consigo refletir escrevendo, porque consigo organizar minhas ideias. Às vezes nem assim consigo organizá-las bem. É por isso que meu lado feliz nessa retrospectiva não escreverei, mas estamparei.

                        “Desculpem, amigos,
                        Não tenho tempo a perder
                        Vivo e deixo quem quiser viver
                        Preciso de tempo para ser feliz
                        Porque quando se está contente
                        Qualquer cantinho da gente  
                        É o melhor lugar que existe.”    Clarinha - 2011  



                                                      Casamento da minha filha.

                                                             Já casada, com seu marido.

                                                               Minha filha e meu genro.

                                                            Meu filho e minha nora.

                                                   Com meus 5 irmãos e minha cunhada.

                                                       Junto do meu pai e meu marido.

                                 Com meus irmãos, meu pai, minha filha, meu marido e meu cunhado.
                                       
                                               Com meu lindo cachorrinho Pinochê.

                                                              Casamento do meu filho.

                                         Com meu marido e meu filho, em seu casamento.                                                    

                                                A família reunida: marido, filhos e genros.

                                                      Comemorando 29 anos de casados.

                                                         Com meu marido e meu filho.

                                                                   Meus filhos.

                                          Minha filha, meu genro e a "menina" mais velha deles.

                                             Com meu marido e meu filho, em seu primeiro ano.

                                                        Meus filhos com a avó paterna.

                                                     Meu marido e meus filhos em Garanhus.

                                                        Com meus filhos em Garanhus.

                                                                 Com meu marido.
  
                                                          Passeio com minha filha.

                                         Com a família toda: meus pais, meu marido, meus irmãos e cunhados.

                                                           Com minha filha, em João Pessoa.

                                                           Com meu marido e minha filha.

Com minha filha.

A CARTA / A CARTA-EDUARDO LIMA



               Hoje eu li uma carta (rascunho) que eu escrevi  algum tempo atrás.
            Com certeza esta carta me fez pensar em muitas coisas, como por exemplo, situações que podem mudar. No momento em que escrevi esta carta, carregada de sentimento, profunda preocupação e anseio de melhorar uma situação, eu não imaginava que 3 anos depois eu viesse a encontrá-la numa condição tão diferente e em paz no que diz respeito ao assunto nela abordado. Refleti de maneira concreta com a carta nas mãos, que a vida é como se deitássemos com um lençol curto. Querendo cobrir a cabeça, descobrimos os pés. Querendo cobrir os pés, descobrimos a cabeça. Mas no específico caso, que na época desfavorável, eu não “me cobri toda” e não senti frio. O frio para mim é peculiar no meu estado de tristeza e eu por algum motivo não senti “frio”, e não estou sentindo agora.
            O meu desejo atual é que as pessoas envolvidas neste caso específico, todas elas se sentissem como eu me sinto. Estando de cabeça erguida eu olho ao meu redor, vejo e sinto que eu nunca estive sozinha. Eu acho até que já escrevi isso: Eu nunca estive sozinha!
            Foi muito bom essa carta parar em minhas mãos novamente porque o desespero e a falta de lucidez não me acometeram e eu não agi com injustiça. Não vou dizer que fui uma rocha inabalável, como não sou até agora. Eu me abalei mas não perdi os sentidos nem a coragem de encontrar, de ver uma estrada. É claro que os “por quês” não saíam da cabeça, mas eu pensava sempre que se eu amar, respeitar esse momento e aceitar, eu conseguiria.
            Quando eu comecei a escrever neste blog já fazia muito tempo, um pouco mais de 2 anos, que eu havia escrito essa carta e eu me senti muito feliz por entitular meu blog de “Verdade e Aceitação”, porque no momento dessa carta a verdade estava sendo dura e a aceitação era um esforço. Eu precisava me ver como qualquer ser vivo.
            Existe um provérbio que diz: “O tempo e o imprevisto sobrevêm a todos.”