Ontem uma amiga me mandou uma mensagem e me lembrou que eu ainda não tinha colocado nada no blog. Realmente! O tempo tem passado mais rápido do que nunca! Mas o interessante é que quando a mensagem dela chegou, eu e meu marido estávamos conversando sobre as mudanças do mundo. Eu o abordei com a pergunta: “Você não acha que nossa geração presenciou mais coisas, mais acontecimentos, mais degradação moral, mais casos fatídicos, junto a um desenvolvimento que mais parece uma faca de dois gumes?”
Começando por nossas salas de aula. O cenário era totalmente diferente. Todos tinham farda, honrando nossa entidade colegial. Fardas limpas, modo de entrar e sair da escola. Os pais iam ao colégio ao final de cada unidade (ou etapa) para ver de perto o andamento do filho. Hoje é muito diferente! Tudo, tudo é muito diferente no comportamento humano. Os jovens se amancipam com 14 anos. Crianças já fazem sexo, fumam ou se drogam independentemente do grau escolar ou classe social. Sem contar com a frieza de espírito e uma indiferença de sentimentos. Vivem em seu “mundinho” descolado, relax, frio. Como eles mesmo dizem: “Ta tudo dominado!”
Fico pensando no meu pai que falecei aos 93 anos e desconhecia tanta coisa, que muitas delas para mim é uma realidade, para ele era utopia. Comportamento, educação, solidariedade, reverência, respeito aos limitados, como os idosos, doentes e crianças. Isto não existe mais! Atualmente temos um exemplo clássico: o comandante capitão do navio “Costa Concórdia” que bateu num rochedo e naufragou. Todo mundo viu isso nos telejornais. O treinamento dele, para ser um oficial e conduzir mais de 3 mil pessoas no transatlântico, naufragou com o navio. A frase para ele ficou mundialmente conhecida: “Volte a Bordo”. De que interessa isso? Interessa sim, porque como este comandante capitão, muitas pessoas têm abandonado seus postos na família, como maridos, esposas, filhos, amigos, e a indiferença é quem comanda. Existem pessoas que não estão neste padrão? Claro que existe. Mas eu garanto que não é a maioria.
Hoje tenho saudade de muita gente! Meus professores, por exemplo. Aos meus olhos de criança e de jovem, eu os via como pessoas destacáveis, exemplares, ilibados, honrados e eram assim mesmo. Falavam baixo, sem alteração, e tinham autoridade.
Vamos para frente. O que dizer do trânsito? Selvagem. Esta é a palavra porque não encontro outra. Se alguém faz uma barberagem com você, você é quem tem que pedir desculpas porque não se sabe o nível de estresse que essa pessoa se encontra e ela pode fazer até alguma coisa com você ou com seu carro. E mais! Essa maioria sem disciplina quer fazer com que esse comportamento negativo seja correto ou normal e que a lei dos bons costumes “já era”. Na verdade temos que “remar contra a maré”, e isto não é fácil! Mas como dizia o Chapolin, “o figuraça”, “sigam-me os bons”. Mais uma pergunta: será que essa geração ainda assiste ao Chapolin Colorado ou Chaves? Sei não, viu?
Levando em consideração a educação que meus pais deram aos filhos, eu gostaria que meus filhos, que é a herança que Deus me deu, que assistia ao Chaves, ao Chapolin, ao Gato-Félix, Pica-Pau, Bozó, Balão Mágico e Xuxa, eu os mandaria blindar aos dois, meu filho e minha filha. Mas isso não é possível, eu sei. Por isso eu os entrego à “babá mais que perfeita”, Deus. Porque só Deus pode os livrar de todo o mal; não só a eles, mas meu marido, meus irmãos, familiares como um todo, amigos….