O tempo passa para os que estão bem e para os que não estão tão, tão.
Eu fico tão feliz, Jô, quando a vejo fora de casa, andando pelo chão que é seu, entre suas árvores que observam você silenciosamente porque elas a conhece há tanto tempo! Ouvem sua voz e acompanham você lá das suas alturas e dimensões que ocupam. Cada canto de sua casa a reconhece como Dona Jô, e esse passeio da entrada principal, de flores vermelhas, quantas vezes já a vi podar, com esses burrinhos bem caladinhos sempre na mesma posição perto de você e ao mesmo tempo vendo você passar muitas e muitas vezes ao entrar em sua casa.
É muito interessante, minha querida, como em tudo o que colocamos nossas mãos nos retrata. E se estamos junto como você está, forma um todo. A atmosfera que você deseja está lá.
É privilégio de poucas reavivar um bem, um amor. Todos nós somos imperfeitos e nesta imperfeição ainda podemos ser presenteados com esse sublime presente.
Não sou louca. Sei que nem tudo é fácil, mas sei também que mais fácil pode se tornar qunado somos amados e você é.
Fico muito feliz de ver Almir motivado, suado, trabalhando no que lhe pertence de coração. Eu seu o quanto ele gosta do sítio (antes eu ia escrever "amar o sítio", mas amar ele ama você!)
Além do meu bem-querer, você é admirável por sua coragem, sua disposição, sua força e todos os sentimentos bons que você tem e com certeza você conseguiu desenvolvê-los melhor.
Eu sei que não sou ninguém, na verdade ninguém é. Sou mais uma na multidão, mas estarei sempre aqui ao seu dispor.
Que estranho! Como alguém escreve para si mesma? Mas é claro, ninguém precisa mais de mim mesma mais do que eu! Descobri isso quando me debilitei há alguns meses. Entendi, sem sombra de dúvidas, como eu preciso de mim! Mas a frustração chega, quando eu sei que uma mulher dependente, ela de algum modo precisará de outra pessoa para se manter. Quem ler o que eu escrever pode se perguntar: você, Clara, é debilitada? Você é preguiçosa? Você foi acomodada? O que foi que aconteceu com você? Você estudou?
Eu fui fraudada pela vida, porque hoje eu vejo que eu poderia ter tido os meus filhos, ter os criado bem e ainda ter tido minha profissão. Mas é como se eu vivesse em outro mundo. Não houve incentivo para uma realização pessoal. Não, não houve. Minha vida foi acontecendo! "Saudade, diga a esse moço, por favor, como foi sincero o meu amor, quanto eu adorei tempos atrás. Saudade, também não esqueça de dizer que é você quem me faz adormecer pra que eu viva em paz."
É. A saudade me acalenta. Quem faria isso senão ela, quem? Bobinha! Tudo muda e eu acreditava em muitas coisas e ainda acredito em muitas coisas. Mas o que me impressiona é que cuidar de mim mesma é um tanto trabalhoso, porque não é fácil! Simplesmente porque é estranho eu dizer "muito obrigada, Clara". Não é estranho? Eu acho que não precisava ser assim, Mas é, e agora? "Oh! Quem irá me defender?" Eu preciso me defender. Como posso delegar isso a outra pessoa? E até poderia, a alguém que me amasse muito, como nenhuma outra fosse amada, como Jane Eyre e Eduard, Catherine e Heathcliff, Maria e Von Traps.
Não sei porque eu fui nascer de amor da cabeça aos pés, e isso não é muito a meu favor. Deixa lacunas que tento preencher com o que eu tenho nas mãos, o amor das coisas que me rodeiam e que me ofertam o que eu planto, meus valores, minhas orquídeas, "todas as mulheres gostam de rosas", mas há também mulheres que gostam de orquídeas. "Sou uma mulher que gosta de orquídeas, de orquídea, de orquídea". E o meu tempo vai passando, passando, passando, e eu vou vendo, vendo, vendo. Eu sinto que nada me faltará!
Às vezes também não quero nada... .... Hoje é um desses dias e ponto final. Um ponto final pra mim nunca é um ponto final, porque eu estou sempre reciclando meus pensamentos e reavaliando tudo. Digo sempre a mim mesma que viver é um compartimento hermeticamente fechado. Como eu li num livro é a melhor coisa para encarar a vida e o que ela nos reserva. De outra forma Jesus se expressou: "Viver cada dia com suas ansiedades!"
Recebi uma mensagem linda! Uma mensagem tão delicada e bonitinha que Shirleide me mandou. É quase se eu estivesse alcançando o pássaro azul. Cá com meus botões eu imagino que seja sem for, se não me apreciar, "vá com Deus", e nem me olhe, para não estragar a paisagem. Um alguém muito especial diz sempre: "Nada como dois dias e uma noite no meio". É verdade. Há quem poderá passar a noite com insônia, como há também quem vá passar uma boa noite de sono. Isso é elementar.
Todas essas coisas eu digo a mim mesma como se eu estivesse tomando chá à tarde com alguém.
Vejo meus erros e vejo como fui inocente em abraçar responsabilidades que hoje eu não abraçaria. Mas como o quê? Eu sinto pena até em dizer porque eu os amo tanto! Mas, eu acho que eu não criaria muitos cachorros. É muita responsabilidade, despreendimento, amor. Plantas, objetos pessoais, tudo o que é demais. Acho que já escrevi isso. Mas esses sentimentos vão e vêm na minha cabecinha confusa, em muitas ocasiões.
Eu gostaria de escrever sobre o amor, puramente sobre o amor, mas eu não estou conseguindo. O porquê eu não sei, mas com certeza é algo que adornaria o que eu estou escrevendo de mim para mim agora. Sentir-se vazia desse sentimento tão transformador e serve de plano de fundo para todos os cenários de nossa vida; tornar verde e fresquinho aquilo que está quase morrendo na aridez, não é fácil. Mas por que isso etá acontendo? Eu não sei porque estou assim. Ou sei? De mim para mim eu não sei. Não sei mesmo!
Esses mometos, acredito eu, que sobrecai para todas as pessoas que pensam, refletem e tiram suas conclusões de acordo com o gênero da vida que teve e os que as ocasiões marcaram. Mas Clara, não fique assim. Entenda que crise existencial existe! Mas para quê? Por quê? E para que serve?Em que nos ajuda? Para nada, para nada, para nada, em nada. Entendeu? Não. Não tem importância. Então eu gostaria de escrever para que entendam que podem me avaliar pelo o que escrevo (não sei se já falei isso) porque existe (e quem lê o que escrevo sabe) uma Clara que se opõe e diz à outra: "Se revele porque quando você se revela, você lava a alma. Você entrega o que você é, e o que você pode ser e onde seu ser alcançar.
Quando eu era assim eu não imaginava que essa confusão toda de adulta iria me consumir. Eu com um ano de idade, amada, cuidada e dormia com mamãe e papai e ainda mamava. E tudo não parou aí.
Gostar de seriados americanos não é novidade para quem ler o que eu escrevo. Isso também não é novidade para quem me conhece.
Mas quando digo que gosto e tenho esses seriados comigo, isso não quer dizer que eu não faça outra coisa a não ser ficar em frente à TV assistindo compulsivamente. Existem muitas frases bem colocadas e podemos avaliar como são as vidas de pessoas que trabalham na polícia científica, como CSI, Plantão Médico, E.R., agente da CIA, Alias, etc. São muitos seriados legais que nos entretem deixando alguma coisa para refletirmos.
Dr. House foi a primeira série e daí assistir às oito temporadas, fascinada com o médico mais competente do mundo (sei que é ficção), que diz e afirma que "todo mundo mente". Será? Ou será que é apaixonante, controvertido, antipático mas capaz de passar noites em necrotérios, estudando para tentar salvar uma vida. Ééééééé. Dr. House é assim!
Quem assiste sabe do que eu estou falando, entende aos poucos por que ele gosta da solidão, por que ele só tem um amigo verdadeiro, Dr. Wilson. Esta amizade faz sutilmente com que a gente veja as vulnerabilidades de Dr. House, outro lado que ele tenta esconder; um lado mais humano. Porque para ele, que não quer e não vai aos pacientes para não se envolver. No entanto, ele vai de um extremo a outro extremo para diagnosticar uma doença que em todos os casos geralmente são indiagnosticável.
Mas, quanto a não acreditar na verdade? Existem pessoas que quando passam e ouvem muitas e muitas pessoas de todo tipo, de horizontes diferentes, perdem o brilho na vida e só acreditam em si mesmos. Na minha humilde opinião, o problema, seu divórcio, não foi superado. O diovórcio de Dr. House foi um impasse...
Mesmo sendo uma "cocada de sal" ele consegue fazer a diferença por ser um homem talentoso; Ele brinca com sua equipe médica, muitas vezes humilhando-os, mas eles não o deixam porque a competência dele os ensina para a vida e na medicina.
É muito engraçado quando eu falo do Dr. House para as pessoas. Elas sempre dizem que parece que eu o conheço pessoalmente. É mesmo! O "cocada de sal" fascina e naquele horário a que a gente assiste, ficamos esperando vê-lo desvendar mais um diagnóstico complicado.
Ele briga por TV a cabo ou por uma sala; ele aposta por dinheiro qualquer coisa íntima dos da sua equipe; ele come sanduíche com Coca-Cola ao lado de um corpo; ele assiste a uma novela (inclusive ele sequestrou o ator principal da novela porque ele notou um problema de saúde e cuidou dele); ele toma sorvete em frente a uma TV bem pequena com os pés em cima do birô. Ele inventa de brincar de "amigo-secreto" e coloca em todos os papéis o nome dele, então ele ganha todos os presentes e sai de gaiato. Totalmente irreverente!
Eu acho que no fundo a maioria das pessoas gostaria de ser igual a Dr. House. Suas peripécias ambulatoriais, clínicas, cirurgias, faz com que os médicos, cientistas o procurem para que ele os cuidem. Mas dentro de todas as maluquices, mesmo viciado em Vicodim, nós podemos aprender muitas coisas sobre relacionamento. Estou dizendo muita coisa, não tudo.
Dr. House não consegue admitir a perda de nenhum paciente, e se isso acontece, mesmo morto, o paciente continua sendo paciente porque ele continua a estudá-lo. Verdade e Aceitação não é muito seu fraco.
A 6a Temporada de Dr. House, um médico da equipe, um cubano que nunca deu indícios de tristeza ou coisa parecida, se suicidou e foi um dos episódios mais tristes. Dr. House literalmente não entende, como médico, ele próprio, sente e admite que está enlouquecendo. Ele próprio procura um hospital psiquiátrico e se interna. Wilson, companheiro e amigo, como sempre,é quem o leva para o hospital e vê ele dando entrada para sua internação. Wilson vê tudo isso desolado, olhando o amigo competente, brilhante, controverso, tudo o que eu já escrevi, vulnerável e fora da circulação. É fascinante esta série de Dr. House!! Quem convier, eu recomendo.
Estas coisas que eu relato, eu acredito que vai deixando meu caminho marcado com meus passos, meus olhares, as coisas que gosto de ouvir. Eu sinto que vou autenticando meus passos na vida por prestar atenção à vida.
Por que Dr. House é um personagem incomum, vida cheia, ocupado em salvar vidas, tomar decisões de difícil perspectiva, intuição aguçada, além da competência, sofre? Eu às vezes fico pensando em quantas coisas existem na formação de uma pessoa. A religião, meio social, ambiente familiar, pessoas escolhidas para a associação também irão contribuir. Eu penso que eu me deixo transparecer pelo que declaro. Assim, como adulta eu me fascino com Dr. House, quando eu era criança, numa TV preto e branco, eu me distraía com Rin tin tim, Viagem ao Fundo do Mar, Perdidos no Espaço, Terra dos Gigantes, Daniel Boone... Tantos momentos bons remontam meus pensamentos porque minha infância foi saudável, mas nem por isso eu posso ofuscar o brilho da série Dr. House, com seus belos olhos azuis, sua megamoto, suas trapaças, sua dor e sua bengala. Ele é tão especial que até o problema da sua perna o torna charmoso!
Parabéns a "Blitris" por expor com maestria, a ética lógica e epistemologia por trás da série de TV. E duas vezes parabéns ao ator Hugh Laurie!
Hoje não estou bem. Estou me sentindo doente porque alguns medicamentos de uso contínuo faltaram. Descompenso, sofro pelo presente, passado e futuro. Sofro desmedidamente por crianças, animais e desamparados, sofro pela insegurança de me sentir insegura. Estou sem os medicamentos, fui ao consultório de minha médica, tinha muita gente e eu não estva bem. Estava me sentindo fraca e não consegui ficar no consultório.
Existe aquele pensamento "o que não me mata me fortalece". Comigo isso não acontece, me ensina , me sinaliza, mas eu não fico forte. Os medicamentos são meu suporte. Mas existe uma "anja", uma médica, minha amada, querida, adorável ser humano, cuidou do meu pa, foi lâmpada, luz clara e não deixou em tatear sozinha no escuro. Amanhã é sábado e ela disse que passará receitas dos medicamentos que preciso, porque ela sabe dos meus sintomas. Esta noite eu não vou dormir. Sem remédios não durmo, não consigo. Mas amanhã será um novo dia.
Já escrevi isso, mas são por estas coisas que sinto e me considero feliz, mesmo com esta estúpida fragilidade.
Uma bolsa alegrou meus olhos numa bela vitrine. Eu estava me sentindo congelada, fria, trêmula, mas viva. Meu marido estava comigo como sempre.
Fé, acreditar em Deus, acreditar num futuro, Jesus, Deus, não têm nada a ver com a depressão que será um dos males do século 21 e que começou no fim do século 20. Assim como a turbeculose foi o mal do século 18 e 19.
Eu falo dessas coisas porque sei que milhares de pessoas no mundo passam por isso. Cada uma com sua intensidade e efeitos psicossomáticos. O remédio que dá para um não dá para outro...
Desejo a todas as pessoas que sofrem de depressão, que encontrem seus caminhos, seus medicamentos apropriados e conveniente para seus tratamentos e pessoas que os ajudem, assim como eu sou ajudada, e entender que aflição mental, o transtorno psicológico pode não nos fortalecer mas pode nos ensinar a amar, porque nessa condição precisamos de amor. Então se é do que mais precisamos devemos aprender a amar também porque isso aiviará nossas angústias. Só o amor!
Passar pelas turbulências é preciso, e devemos saber quais as armas que nos ajudarão a ter lucidez.
Ações, comportamentos, dúvidas. Se não saírem do coração, genuinamente do coração, lá na frente a revelação: sepulcro caiado. Que expressão forte! Mas não sou eu que estou dizendo não. Esta expressão é de autoria do maior homem que já viveu. Todos nós sabemos quem é.
Pois bem! Estamos vivendo para ver cenas repugnantes como e um sepulcro por dentro. Que forte! Até eu acho. Mas o que dizer de Sarkosy quando ele estava cumprimentando seus eleitores, uma multidão, por sinal, e tirou seu relógio numa boa, de R$100.000, sem se preocupar se isso ia humilhar seus eleitores. Por sinal são ladrões? Foi isso que ele diz dizer?Aaahh!! Ele é do time da "thurma" de Bush, que apertar a mão de um haitiano entre tantos, limpou a mão na camisa de Clinton. Que tipo de humanos são esses? No íntimo repudiam aqueles que os mantêm no topo. Eu acredito que quando eles chegam em casa tomam banho de álcool ou de água oxigenada.
Não só são eles que são assim! Sei e entendo que todos nós tmos que ser precavidos, porém éticos, misericordiosos, respeitadores de almas. Nós estamos vendo estas coisas tão pouco ao nosso redor. Respeito, reverência, honrar e amar os outros. Está tudo misturado, governantes, autoridades, traficantes, até alguns que se dizem religiosos. Exemplos são inumeráveis, mas eu não perco a esperança nos bons. Eu seria ingrata com a vida e com os que me cercam. Gostaria muito de não ver e não me indignar, mas sou assim e já escrevi sobre isso.
Como pode um homem que está no poder, como o governador do meu estado, dizer na televisão que o preço da energia está alto, passagem de ônibus está exorbitante, que tudo precisa melhorar. Então por que ele não melhora? Já não está no poder? Que ridículo!
De um pólo para o outro, eu não pude deixar de me emocionar com um calouro italiano que está num programa há várias semanas cantando as belas músicas de Andrea Boccelli. Hoje ele cantou se superando em voz, estilo, repertório. Ele veio para o Brasil sem perspectiva de emprego, em busca da brasileira que ele conheceu na Itália, Carolina, agora sua esposa. Ela o escreveu no site do programa para de alguma forma recompensá-lo e não desperdiçar seu dom. Hoje ela estava no programa, linda, e Joseph cantou para ela, linda, saia preta e um pouco acima dos joelhos, um sobre-tudo cinza de muito bom gosto, abaixo dos joelhos, sapato salto, fechado, vermelho. Eu me senti orgulhosa de ser mulher. Aquela figura feminina me fez ver e sentir que o que eu falei há pouco, que se ele cantou daquele jeito pra ela é porque ela é por dentroo que é por fora, e valeu o passaporte definitivo dele.
Eu sei que estou num paradoxo, mas da tarde para a noite eu me revoltei e me encantei. "Momentos são meteoros", se captarmos, eles nos revelam algo, nos dizem algo, nos ensinam sobre nós mesmos. É só observar! A elegância de Carolina era capaz de capturar olhares e a sensibilidade de quem aprecia a ternura. Sabe por quê? A elegância pesou mais do que a beleza. Não sei se estou sabendo me expressar bem. Mas o que acontece, é que se tratando de fina estampa, todo mundo será recompensado pelo o que a fina estampa não é capaz de estampar.