MEU QUERIDO COLIBRI
Querendo lembrar de um dia, esforço-me
Nos mesmos sentimentos murmurados
Baixinho e muitas vezes só pensados
Querendo ressenti-los intensos e vivos
Do mesmo jeito que foram vividos
Sentindo que os sentidos me negam
O que por direito é meu
Lembrar-se de tudo que fomos
Planejamos, construímos e formamos
Isso seria todo nosso bem alcançado
Mas a estrada se faz sinuosa
E por vezes ficamos cansados
De lutas e desvario de trabalhos
Esquecemos de tantas coisas boas
Que poderíamos comparar ao maná
Que mesmo dentro dos infortúnios
A vida veio nos agraciar
Olho para meu pomar
E ponho-me a meditar o por quê
Das inquietações palpitantes
Que apagam as alegrias de um ser
Invisivelmente transpondo os ideais
De toda uma vida vivida
E todas as emoções sentidas
Que ficaram como alicerce
De uma história que por vezes
Apresenta-se morna e esquecida.
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