Livraria Cultura

domingo, 5 de janeiro de 2014

NÓS E OS OUTROS / ZIZI E LUIZA POSSI



                                                                                           


Hoje senti uma necessidade especial de conversar com minha mãe. Não sei com os outros filhos, mas comigo minha mãe era imparcial. Ela me ouvia, falava e depois calava observando minha inclinação. O que eu seguiria. Existem caminhos. Mas muitas vezes só enxergamos um. Somos todos forasteiros, em tudo que fizermos e construirmos.

Alguns perdem a sensibilidade a dor do outro e só é bom para quem quer e fica dentro da ideologia “que a vida continua” negando compreensão.
Eu realmente não consigo entender quem não se coloca na situação ou no lugar do outro que está sofrendo. O mundo infelizmente está tão cheio de arrogância, animosidade, impaciência geral! Por que dentro do que passamos podemos calcular ou chegar perto de outro ser humano. A empatia some quando o orgulho baixa. Por isso existe aquele adágio “dá dinheiro e poder e conhecerás realmente quem é a pessoa!”.

 Tenho muita sorte nesse sentido! Começo o ano vendo que meu saldo foi positivo. Senti amigos verdadeiros, senti o calor dos meus irmãos e isso de maneira maiúscula.

Coitados de quem se entrega a ideia que é “rapa nui”! Coitados!
Mas deixando isso para lá, deveria ser a meta de todos tentarem ser melhor. Nessa vida cansativa, porém querida, somos convidados a ajudar e ser ajudados.

“Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio nos aproximaram. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. Sei que os homens morrem, mas a liberdade não perecerá jamais”.
                                             Clara3amores®

                                              Citação: Charles Chaplin

2 comentários:

  1. Que sábias e belas palavras de Chaplin ! Ele fala como conhecedor da verdade, porque viu a guerra. Penso o que diria agora na era da Informática! Quanto ao que falou sobre Mamãe, hoje mesmo estava dizendo em voz alta, o quanto sinto falta dela ! Quando erro, penso logo: ô Mamãe se estivesse aqui, teria me impedido de errar, teria me orientado! Embora passada na idade, necessito muito de orientação e carinho como ela sempre fez com todos nós ! Na sua simplicidade era de uma sabedoria e senso de observação fora do comum ! Louvo e agradeço muito a Deus por Mamãe, Papai e toda nossa família ! Um beijo pra você querida caçulinha de Mamãe e de todos nós ! beijos !

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