“O amor só começa a
desenvolver-se quando amamos aqueles de quem não necessitamos para nossos fins
pessoais” (Eric Fromm)
Se observarmos as questões do
mundo atual, e são tantas, essa que está sendo pontual no cenário do mundo, do
jornal francês, vemos que a animosidade dos que dizem que defendem a vontade de
Deus só mostra que “os lábios os honram, mas que seus corações estão distantes
Dele”. Por sua vez essa nação, apesar de ter sido bruscamente traumatizada, não
usou de tato quando publicou sua primeira edição do seu jornal depois do
atentado. Será que as pessoas deveriam ficar realmente felizes com uma
provocação sutil de uma charge aparentemente inocente exalando represália
escrita. Se víssemos pessoas de nossas famílias ridicularizadas por outros. Mas
para alguns isso se chama verdade. Ficaríamos felizes? Não há absolutamente
justificativas para matanças. Tiros em nucas, crianças aprendendo a matar,
civis sendo bombardeados em shoppings e famílias inteiras sendo dizimadas.
A falta de amor, o amor puro
onde deveríamos sempre nos ver no outro. No nosso semelhante. Onde o sangue
corre nas veias de todos da mesma cor, todos sentem dor, todos nós nascemos nas
mesmas condições biológicas, galgamos na vida, a maiorias quase com as mesmas
dificuldades comuns aos homens. E de repente os homens se rebelam entre si.
Coisas que os animais estão mostrando aos homens que se pode viver respeitando
o limite do outro, saindo disso só em questão de sobrevivência.
São muitos os gemidos não
pronunciados também no ocidente de desigualdade, fome, roubos explícitos e leis
não aplicadas. Será que estamos vivendo num mundo sem lei? E aquele negro que
morreu nas mãos de um policial nos EUA era inocente, disse que estava sufocado,
e foi morto.
No Brasil, é difícil acreditar
que se morrem menos pessoas que no Oriente Médio porque em todo pais nos
programas jornalísticos cada um que concorra em seu estado com crimes
grotescos, bizarros, desumanos e sem razão. Jovens, meninas, idosos, mulheres
mortas por seus cônjuges, profissionais efetuando seu trabalho.
E percebemos também que a falta
de amor desagua nos lares, nos atendimentos hospitalares, escolas, no tom da
voz. Sim no tom da voz! A arrogância parece está em alta e fica muito difícil
para alguns que são mais sensíveis conceber o mundo.
Se formos para algum lugar
muito bonito e aprazível podemos até esquecer esses fatídicos acontecimentos.
Porém, sabemos que a célula do desamor continua viva. E os poderosos continuam
a multiplica-las em nome duma fé impura e de um amor hipócrita.
Um autor escreveu: na era da
cibernética. Na era da transformação. Tornei minha vida poética deixei falar
meu coração. “Eu creio num mundo novo, eu creio num mundo irmão...” ele
escreveu isso no começo dos anos 70, e acredito que não esteja feliz com o que
ele está vendo no palco do mundo e escreveu depois: “filosofia não me deu
felicidade. Explicação não explicou o que eu pedi...”.
E ficamos realmente sem
explicação para tanto preconceito, fanatismo, assuntos ultrapassados em
superstição. E vemos que religiões, a sociedade, e a política estão a galope
montadas nisso e até alguns intelectualizados. E cresce o esoterismo em meio a
essas todas as entidades que na verdade conhece bem pouco o amor.
Vamo-nos sentindo assim! Desconfortáveis
muitas vezes não em nossas próprias vidas, pode acontecer também, mas
incomodadíssimos com o nosso ao redor, estando perto ou longe dessas agruras
que o mundo está nos oferecendo antes do café da manhã, na hora do almoço,
durante ou após o jantar em forma televisiva de notícias do mundo.
Mas a esperança é a arma mais
forte que se pode ter e procurar ser diferente em meio a um mundo conturbado
contribuindo com o melhor que podemos ser em relação ao nosso semelhante e a natureza
como um todo e produzindo em nós uma natureza boa frondosa que nos forneça um
oxigênio puro para podermos respirar mais profundamente neste “mesmo assim!”
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