Sonhar! Viver o que não é
real, olhar para o futuro acreditando, tudo que se refere ao sonho remete a
bons flúidos, estado de extrema satisfação. Podemos sonhar com o futuro ou
sonhar com um passado que fomos felizes. O sonho pode nos levar ao estado de
graça ou ao estado de culpa, sofrimento, pesar... se o sonho realizado estava
só em nós, não fazia parte da realidade que ventilava nossa vida.
Sonhamos quando criança com
o lúdico, com o que nos fizesse sorrir, mas sonhávamos também em crescer. E na adolescência,
fazemos planos, sonhamos com o sucesso amoroso e o sucesso profissional,
sucesso familiar, tudo cabendo em um só sonho. E quando adultos os sonhos são
com aquilo que não conseguimos ter e alguns sonhos realizados tornaram-se
pesadelos para alguns. Desmancham-se em frustração e desengano e nos levam a
crer que não vale a pena sonhar.
Cada dia da nossa existência
se torna uma revelação verídica que estava totalmente fora dos nossos sonhos e
por surpresa do a caso, os bons lances, fazem-nos perguntar: será que estou
sonhando? E outros lances são tão doídos que dentro de nossa perplexidade
pensamos: meus Deus isso é um pesadelo! Isso dentro do nosso mundo ou o que
observamos exteriormente.
Grandes homens tiveram seus
sonhos e suas desventuras e escreveram sobre isso em suas várias formas.
Os homens simples vão
sentindo e vivendo os acontecimentos de sua vida sem pronunciar nunca a palavra
sonho em sua forma de projeto de felicidade. Para eles só existem sonhos quando dormem.
Alguns insistem em sonhar
debaixo de escombros e são felizes dentro sua realidade, porque simplesmente
viver para ele é sonhar. Tenho visto isso e até me assombro. Em pessoas que não
vivem com o menor conforto, e acho isso assombroso mesmo porque alguns desiludidos são abastados e não existiu ainda ninguém que
tivesse explicação para isso. E para outros serem felizes precisam viver dentro
de um sonho, oniricamente. Vejo e observo isso também.
“ O riso a
cavalo e o galope do sonho. É com isso que enfrento essa dura e fascinante
tarefa de viver”
(Ariano
Suassuna)
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