Livraria Cultura

quarta-feira, 30 de abril de 2014

COMO TUDO PODE ACONTECER!



FLORES PARA TODOS!

                                                                                     

                                                             ELYSAGELA TÃO JOVEM!
DR. OTACÍLIO DEPOIS DE DEUS EM QUE PUDE CONFIAR
                                                    DRA. ARIANE FEZ TODA DIFERENÇA
                                                                       DR. RODRIGO
                                                             O MAQUEIRO FELIZ
                                                             BRUNO E IVANE                        
                                                            ANDRÉ E LADJANE
                                                                 MINHA IRMÃ

Melancolia e alegria se misturam mais uma vez. Tenho visto cenas que me marcarão para sempre. Atitudes, expressões, palavras... Tudo mais...

Tudo movido pelo bem querer de pessoas ricas de afeição!
Minha irmã teve alta do hospital. Que bom! Continuará fazendo diálise, com boas expectativas.

A última dialise feita ainda na internação eu me emocionei bastante em ver aquelas pessoas tão fragilizadas e a gente poder dá graças a Deus de poder fazer xixi bem, sem problemas, comer tudo sem restrições como ela já comeu e desfrutou das comidas que ela tanto gosta.

Os esposos indo buscar suas esposas, irmãos buscando seus irmãos, assim como eu. E os filhos? Que lindo! Buscando suas mães! André chegou na moto, na chuva, para buscar sua mãe. Quando ela saiu, ele a abraçou beijou, tirou seu blusão de motoqueiro vestiu nela  abraçou-a de novo e eu olhando! Os olhos cheios de lágrima me controlei e pedi para fotografa-los. Eles tão felizes, crentes na cura. E continuamos a não saber porque a doença renal se instala no organismo. Nunca pensei que pudesse vir a viver isso.
Quando trouxe minha irmã para minha casa pensei que se tratasse de um estresse apenas. Passaram-se dois meses num piscar de olhos.

Bruno também, que exemplo de filho! Com sua mãe. Eles nunca terão dor de consciência. São lordes em ações de amor para quem lhes deu a vida! Independentemente disso, vale a pena ser bom! Ser boa pessoa e ralar para melhorar como gente, como vale apena!

Os médicos foram muito atenciosos, enfermeiros, todos dignos de respeito por honrar tão bem seus trabalhos.
Eu havia pensado em deixar de escrever, parar o blog, mas existem coisas que para mim se faz extremamente necessário eu deixar fluir de mim pelos meus olhares da mente, consciência e visão.

Entendo que a vida dentro de um tempo continua, se expande, cresce, nos ensina.
Gostaria de poder congratular a todos os corajosos que enfrentam suas doenças com coragem e otimismo. Inclusive minha irmã!
                                             
       

                                                           Clara3amores®


sábado, 19 de abril de 2014

EU ZINHA...




                                                                                 
NÃO SOU COMO AS OUTRAS! SOU DIFERENTE DO QUE ESPERAVAM QUE EU FOSSE. BRIGO E DISCUTO COMIGO MESMA PORQUE NINGUÉM MELHOR DO EU MEU MESMA PARA ME DISCIPLINAR. PORQUE SIMPLESMENTE SEI ONDE É A DOR E POSSO IR COM CUIDADO. ESSE DIREITO ADQUIRI DADO POR MIM MESMA DE PRESENTE AO MEU CORAÇÃO PORQUE DEPOIS DE DEUS, SÓ EU O CONHEÇO BEM. SÓ EU O ACALENTO BEM. NINGUÉM CONSEGUE FAZER ISSO A ALTURA DA MINHA NECESSIDADE. SINTO MUITO NÃO PENSAR ASSIM DESDE A MINHA TENRA IDADE! EU TERIA EXERCITADO EU MESMA PARA AS INCONGRUÊNCIAS E INGRATIDÕES, MANDANDO ÀS FAVAS QUALQUER COISA QUE ME PUDESSE FERIR. PORQUE SOU FELIZ NO MEU CONTEXTO, NAS MINHAS EXPERIENCIAS, NO MEU VIVER!
E É EXATAMENTE NISSO QUE ESTOU PENSANDO AGORA! LEMBRANDO DE UM ESCRITO DE MYA LUFT QUE COMBINA COMIGO. AÍ VAI!


PENSAR É TRANSGREDIR

Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.
Lya Luft

                                                                                                                                         CLARA3AMORES POR LYA LUFT

sexta-feira, 18 de abril de 2014

QUANDO PODEMOS NOS SENTIR... MAIS UM DIA...



                                                                                           
                                                                                                   



Dia 15 de abril minha irmã saiu do hospital HR (Hospital Governador Paulo guerra) fomos para o IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), fazer a biopsia nos rins dela. Primeiro, íamos fazer o procedimento e voltaríamos para o HR, mas o médico que fez a biópsia, que inclusive eu assisti, muito criterioso, atencioso, digno em sua profissão assim como os demais que a tem atendido. Ele disse que ela precisaria ficar seis horas sem se mexer numa posição pressionando o local biopsiado. Depois chegou outra notícia, ela ficaria de vez em tratamento agora ali, não voltaria mais para o HR. Melhor! Ontem fui buscar as coisas dela que haviam ficado lá no HR. Meu coração apertou, sai prendendo o choro, me despedi e agradeci aos médicos em nome dela.

Quando digo que sinto as coisas de maneira especial, não trivial, de maneira educacional para o espírito é uma verdade em tudo que vivo. Vi aquelas pessoa ficarem para trás como se tivesse vivido uma vida com elas. Cada uma com sua simplicidade, seu maneirismo interiorano, cultura só a rural, mas todas gente, todas com seus corpos e órgãos iguais aos meus e aos de todo mundo. Vivendo suas dores seus problemas e procurando  diagnóstico ou procurando uma cura. Entrei no elevador sentindo aquele cheiro forte de tudo ali. E mais uma vez constatei que mais alguma coisa havia crescido em mim.

Desci com todo aquele peso, sacolas, frasqueira, travesseiro e bolsas, passei por todo térreo, pela entrada da sala de hemodiálise, as macas nos corredores com paciente com todos os problemas de todos os dias e mais o peso das emoções!
Eu tenho uma amiga. Que sempre ela usava a expressão: “Até quando”! Quando ela se preocupava, se abatia, aguardava... Hoje eu poderia fazer a mesma pergunta!



"Por favor, mantenha a calma, apesar da ameaça anterior. 
Sou só garganta... 
Não sou violenta. 
Não sou maldosa. 
Sou um resultado". 
A menina que roubava livros     
                                              

                                                                              Clara3amores®

quinta-feira, 17 de abril de 2014

DE IRMÃ PARA IRMÃ (DETE)


                                                            DENTRO DE UM PASSADO!
                                                                             



             

O sol por vezes parece causticante
Mas nem sempre estamos ao sol
E nem sempre estamos na sombra
E por muitas vezes
Chegamos a ser o sol e a própria sombra
Isso em alguns momentos
Remete-nos ao passado
Então, tenta alegrar-te
És sol, és sombra
Procuraste dar abrigo, carinho e proteção
És única em ti mesmo
Nada nem ninguém é primordial
Talvez não saibas, não sintas, não percebas
Mas no teu habitat és a protagonista
De todos que vieram a ser alguém com estilo
Porque estilo vem de dentro, do íntimo, do coração
E de todas essas coisas foste agraciada
Bondade, beleza, carisma, brilho próprio
Isso não se compra!
E nessa vida quem não procura sua relatividade?
Nunca me foste esquecida!
Como nenhum dos outros que nasceram dos nossos pais!
Bebês!

                                                               



                                                                                 Clara3amores®

sábado, 12 de abril de 2014

SER COMO SOU...

                                                                                   


                                                                                 




 Às vezes eu desejo escrever sobre algo, mas esse algo me assusta ou me assustou e fico sem palavras.
Como posso escrever sobre coisas que acontecem num hospital? Coisas paralelas e que fogem ao que é almejado por todo ser humano como a alegria, sensação de bem estar... Eu... Pasma comigo mesma e sofrendo por ver sofrer...
Essa experiência com minha irmã foi enriquecedora no sentido prático, no sentido da vida. Para mim!

Vivi para ser mãe, ser filha, ser irmã, ser esposa, sobre tudo mulher. E vivi e vivo isso intensamente pensando que não, nos momentos de quietude e aguas mansas. Já devo ter escrito isso, porém não deixo de sentir nesses momentos difíceis que de alguma forma eles alavancam minha vida e a de qualquer pessoa que queira. Dentro das minhas limitações sinto que o me melhora mesmo é fazer algo por alguém, porque muitos já fizeram por mim.

Quando resolvi escrever sobre o que penso, foi também para me entender, configurar fatores de mim mesma que só serviam de pensamentos errôneos sobre minha pessoa. E me alegro em perceber que não é assim.
Ver certas coisas não é bom, não é agradável, choca, mas nos ensina.

Coisas que me fizeram me interrogar como pessoas que trabalham em um hospital público, lidando com a dor, o sofrimentos, maus remunerados, entre os menos favorecidos, falando em curtir o fim de semana, felizes por chegar à sexta feira e poderem se divertir, namorar... Tudo isso eu escutava no elevador. Dentro de um lugar de dor vivendo com sua alegria! Só louco não quer aprender viver assim!

Nesse prédio do hospital (HR) de Pernambuco, recebe pessoas, pacientes de todo interior, sertão, agreste do Estado. Hospital escola que trabalha em cima de carência e sacanagens política porque se não existisse corrupção seria uma referência positiva e exemplar.
Mas foi lá que minha irmã conseguiu tratamento, bons médicos e está se recuperando. Faz hemodiálise um dia sim, outro não e tendo a esperança dos rins voltarem a funcionar!

Nesse momento sou tão grata a minha filha, meu marido, por terem me apoiado porque existem problemas que só com um apoio você consegue fazer alguma coisa. Eu tive!

Sei que lembrarei com satisfação não do sofrimento dela que foi demais, mas com certeza do momento que nos unimos nesse momento e por ter a gratidão de ela ter confiado em mim. Por ela ter vindo de Fortaleza tão doentinha para o Recife comigo.
Tenho a impressão que é isso que os pais quando criam seus filhos querem que eles façam uns pelos outros. Estou feliz e o que vem entrego a Deus.
Muitas coisas eu teria a escrever sobre tudo que está acontecendo, que talvez eu vá relatando aos poucos, porque existem coisas que sacode toda família e desse momento surgirão os reflexos, situações simultâneas de cada um da família. Para mim é abrangente, sempre tudo é muito abrangente porque vivemos em cadeia quer queira quer não.
Sim, primeiro que tudo a recuperação é o que é mais importante! Depois...


                                                                

                                                            Clara3amores®

terça-feira, 1 de abril de 2014

AGUAS INCERTAS / TODA UMA HISTÓRIA ZIZI POSSI

                                                                       
                                                                                   
                                                                                         



Velejando em águas incertas
O meu barco sempre vai e volta
Ancorando no trapiche do meu porto
Carregando e descarregando lembranças
Memória acesa como um lume
Encontrando em cada um momento
Um pedaço de minha valiosa história
Se estou lá ou se estou  cá
 E onde quer que eu possa estar
Não importa qual a condição
Dentro do meu peito e no lado esquerdo
Bate sempre no mesmo compasso
 Alternando com o conhecido descompasso
O mesmo coração ansioso
E nessa troca de embarcação
Meu coração continua em seu alvoroço!


                                                       Clara3amores®