Dia 15 de abril minha irmã
saiu do hospital HR (Hospital Governador Paulo guerra) fomos para o IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), fazer a biopsia nos rins dela. Primeiro,
íamos fazer o procedimento e voltaríamos para o HR, mas o médico que fez a biópsia,
que inclusive eu assisti, muito criterioso, atencioso, digno em sua profissão assim
como os demais que a tem atendido. Ele disse que ela precisaria ficar seis
horas sem se mexer numa posição pressionando o local biopsiado. Depois chegou
outra notícia, ela ficaria de vez em tratamento agora ali, não voltaria mais
para o HR. Melhor! Ontem fui buscar as coisas dela que haviam ficado lá no HR. Meu
coração apertou, sai prendendo o choro, me despedi e agradeci aos médicos em
nome dela.
Quando digo que sinto as
coisas de maneira especial, não trivial, de maneira educacional para o espírito
é uma verdade em tudo que vivo. Vi aquelas pessoa ficarem para trás como se
tivesse vivido uma vida com elas. Cada uma com sua simplicidade, seu maneirismo
interiorano, cultura só a rural, mas todas gente, todas com seus corpos e órgãos
iguais aos meus e aos de todo mundo. Vivendo suas dores seus problemas e
procurando diagnóstico ou procurando uma
cura. Entrei no elevador sentindo aquele cheiro forte de tudo ali. E mais uma
vez constatei que mais alguma coisa havia crescido em mim.
Desci com todo aquele peso,
sacolas, frasqueira, travesseiro e bolsas, passei por todo térreo, pela entrada
da sala de hemodiálise, as macas nos corredores com paciente com todos os
problemas de todos os dias e mais o peso das emoções!
Eu tenho uma amiga. Que sempre
ela usava a expressão: “Até quando”! Quando ela se preocupava, se abatia,
aguardava... Hoje eu poderia fazer a mesma pergunta!
"Por favor, mantenha a calma, apesar da ameaça anterior.
Sou só garganta...
Não sou violenta.
Não sou maldosa.
Sou um resultado".
A menina
que roubava livros
Clara3amores®
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