Livraria Cultura

sexta-feira, 18 de abril de 2014

QUANDO PODEMOS NOS SENTIR... MAIS UM DIA...



                                                                                           
                                                                                                   



Dia 15 de abril minha irmã saiu do hospital HR (Hospital Governador Paulo guerra) fomos para o IMIP (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira), fazer a biopsia nos rins dela. Primeiro, íamos fazer o procedimento e voltaríamos para o HR, mas o médico que fez a biópsia, que inclusive eu assisti, muito criterioso, atencioso, digno em sua profissão assim como os demais que a tem atendido. Ele disse que ela precisaria ficar seis horas sem se mexer numa posição pressionando o local biopsiado. Depois chegou outra notícia, ela ficaria de vez em tratamento agora ali, não voltaria mais para o HR. Melhor! Ontem fui buscar as coisas dela que haviam ficado lá no HR. Meu coração apertou, sai prendendo o choro, me despedi e agradeci aos médicos em nome dela.

Quando digo que sinto as coisas de maneira especial, não trivial, de maneira educacional para o espírito é uma verdade em tudo que vivo. Vi aquelas pessoa ficarem para trás como se tivesse vivido uma vida com elas. Cada uma com sua simplicidade, seu maneirismo interiorano, cultura só a rural, mas todas gente, todas com seus corpos e órgãos iguais aos meus e aos de todo mundo. Vivendo suas dores seus problemas e procurando  diagnóstico ou procurando uma cura. Entrei no elevador sentindo aquele cheiro forte de tudo ali. E mais uma vez constatei que mais alguma coisa havia crescido em mim.

Desci com todo aquele peso, sacolas, frasqueira, travesseiro e bolsas, passei por todo térreo, pela entrada da sala de hemodiálise, as macas nos corredores com paciente com todos os problemas de todos os dias e mais o peso das emoções!
Eu tenho uma amiga. Que sempre ela usava a expressão: “Até quando”! Quando ela se preocupava, se abatia, aguardava... Hoje eu poderia fazer a mesma pergunta!



"Por favor, mantenha a calma, apesar da ameaça anterior. 
Sou só garganta... 
Não sou violenta. 
Não sou maldosa. 
Sou um resultado". 
A menina que roubava livros     
                                              

                                                                              Clara3amores®

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