Livraria Cultura

quinta-feira, 24 de julho de 2014

TARDE TRISTE / AH! PAI DE JOÃO GRILO E CHICÓ



                                                                  ELE GOSTAVA!                        
       CESAR LEAL, ARIANO SUASSUNA, TOMÁS SEIXAS, FRANCISCO BRENNAND
                                                                         1960
   
                                                                               
                                                                                   

 ESSE TEXTO ELE PENSOU E ESCREVEU COM MUITA PROPRIEDADE AS COISAS DIFÍCEIS QUE ELE PASSOU E ATRAVESSOU COM Serenidade.

Tarde triste a de hoje. Aqui, relativamente perto da minha casa é sepultado Ariano Suassuna no“Morada de Paz” em Olinda. São exatamente 17hs e 20ms. Eu sei, eu sei que todo mundo morre, mas existem pessoas que parecem que o mundo os contabiliza como imprescindível por nos favorecer só de coisas boas, exemplos, nos faz sonhar, produz graça e encanto e sabe amar.
Que pessoa leve era o Ariano Suassuna, cheio de contos, fábulas e dono de uma meiguice e simplicidade fora do comum. Uma inteligência altaneira e criativa onde os artistas de época, exemplifico Francisco Brennad que tem em seu “universo particular”, em sua oficina e santuário ecológico murais com escritos de Ariano.
Mestre Ariano Suassuna, como todos os chamavam por ele sempre enaltecer sua profissão de professor e fazer jus com sabedoria, carisma e uma maneira nordestina de falar, da qual não abria mão, ele prendia fatalmente a atenção de qualquer pessoa que o ouvisse em suas conferências, aulas e reunião. Um homem encantador realmente. Quem o conheceu o sentia assim! GOSTAR DE ESCREVER NÃO LHE CABIA A ALMA.
Tarde triste a de hoje!
Poderia falar de toda sua cultura, livros que escreveu, pensamentos escritos, homenagens, reconhecimento na Academia de Letras. Mas prefiro pensar no Ariano que via passear na Praça de Casa Forte de meias e sandálias, entrar no shopping Plaza para simplesmente ir à “Caixa”, sozinho e tranquilo e no amor que ele construiu de “Fernando e Isaura”... pensar, pensar...

Eu dentro das minhas conjecturas pessoal, dentro do meu mundo, onde essa tristeza desmedida que vive a procurar motivos e a se derramar neles, quase por uma necessidade de escape para um desaguar de excesso de realidade.
Ninguém passa por essa vida sem experimentar o que é comum aos mortais. E por aí vai.
Nossa! Eu às vezes me sinto como que estivesse levando muito vento no rosto, porém com dificuldade de respirar por esse excesso. São muitas coisas inesperadas!
Nessa tarde triste, só me resta sentir essa enorme tristeza que me acomete dentro das coisas que são só minhas.

                                                            Clara3amores ®

Nenhum comentário:

Postar um comentário