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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

UMA HIPÓTESE / ENGEL- SARA MCLANCHLAN

                                                               LINDA ESSA MÚSICA!

                                          




Numa suposição que me fez pensar como o ser humano nunca conseguirar entender e aceitar plenamente o valor até dos segundos,vivendo-os de maneira que possa olhar para trás e ver e sentir que não houve enganos, arrependimentos. 
Mas quem pensou, teve a ideia hipotética de um ser que não conhecia os prazeres humanos, mas ele sabia amar. Ele viu uma médica tentando salvar a vida de um homem numa cirurgia cardíaca, mas ela não conseguiu! Ele presenciou toda aflição dela, ela chorou, teve insônia, sendo perseguida por uma sensação de desconforto causado pela frustração de ter perdido aquele paciente. E ele a procurou e disse que ela não teve culpa.
Ela realmente o encantou por esse sentimento profundo e humano que ele desconhecia e passou a observa-la de perto e ela também se encantou com a maneira dócil de ele trata-la.
Toda mulher gosta de ser notada, olhar olho a olho, e isso foi o que fez sentir-se atraída por ele. Ela acabou o relacionamento com seu noivo. Ele a espreita sempre a observa-la. Ele a amava, mas não sentia o toque, ele desejava tocar no cabelo dela, mas ele não alcançava o prazer de sentir isso porque ele não sentia cheiro, dor, sabor, choro, nada disso. Inclusive ele a perguntou o que era a lágrima, e ela o explicou como médica, cientificamente, e como ser humano, muito lindo isso!
Se ele quisesse, poderia sair dessa condição, e foi o que ele fez. E veio a conhecer tudo que o ser humano passa e sente. Quando ele saiu da sua condição, depois da metamorfose por assim dizer, foi logo assaltado e espancado, veio a conhecer a dor física. Sem dinheiro, penou muito para chegar até ela, mas chegou a casa dela e ela ficou muito feliz em vê-lo, e ele sentiu a emoção intensa de encontra-la, sentir seu cheiro, textura do seu cabelo e sua pele. Sentiu o aroma de todos os sais de banho dela, seus perfumes, brincou no chuveiro.
Ela por sua vez colocou a mesa do café para ele, com flores do campo e tudo simples, porém carinhoso. Ela só ia trabalhar de bicicleta e da janela da casa ele ficou olhado à estrada, o percurso dela e bem lá na frente ele viu que ela sofreu um acidente e correu para lá. Ele aproximou-se dela e veio a sentir a lágrima fluir de seus olhos, escorrer pela face e sentir o medo da perda, tudo junto. E ela morreu, ele abraçando um corpo que ele conheceu tão cheio de vida, salvando pessoas, querendo entender a morte inaceitável para ela! E agora, tudo parado nos braços dele e ele sentiu as consequências da morte e a dor que ela causa quando ela tira alguém de nós.
Depois da morte dela ele foi fazer tudo que ela fazia, inclusive comprar peras, ela amava peras e o explicou quando ele ainda não tinha sensações como era uma pera, o prazer de morde-la e mastiga-la e sentir seu doce gosto.
Mas para mim a moral da estória, como ele mesmo disse, que ele não trocaria nada por aqueles momentos vividos, sensações, sabores, cheiros, todas as nuances do amor numa temporada curta, mas bem vivida!
Foi assim que eu entendi a hipótese.
                                                  
                                                     

                                                         Clara3amores®

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