Hoje eu
passeando nos corredores do hospital com Tati e cantando baixinho para ela, eu
cantava e pensava ao mesmo tempo na vida, em minha vida. Tiro a conclusão que
nada sabemos além do que sentimos. Eu sinto tantas coisas com dimensões diferentes, emoções contidas e às vezes reveladas e eu sinto, sinto e vou
sentindo pelas esquinas, estradas, bifurcações que esta vida me mostra.
Às vezes me
canso, como estou agora, por não entender tudo e ver revelações que só eu as
vejo passando em minha vida. Não falo mais quase nada só penso e reflito. Só gostaria
de ter forças suficientes para andar nas esquinas, estradas, bifurcações e no
amanhã. Sim, tento viver cada dia como em “compartimentos hermeticamente
fechados”, mas esperando meu sonho. Risinhos...
Passear com Tati
me faz realmente ver que somos tão coitados ou grandiosos ao mesmo tempo. No caso,
Tati é a grandiosa. Nasceu com limitações, está com 21 anos sobrevivendo todas
as adversidades de saúde, submetida a quimioterapias, classe menos favorecida...
Sempre comparei
minha vida às águas por causa disso. Corre mansa, revoltas, de repente
cachoeira e segue seu rumo sobre pedras, cascalhos, galhos. E vai indo!
Contemplativa como
sou, esse momento com Tati me enriquece me faz ver coisas como mencionei. Penso
nos meus filhos distantes de mim em suas vidas. E esse turbilhão de “flash” dão-me
algumas convicções, interrogações e decisões sobre mim mesma, naturalmente se
instalam. Eu sou assim! Mas uma vez escrevo. Eu sou assim!
Clara3amores®
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