Destruição. Não é para isso que vivemos! Então
por que surgem momentos que parecem que estamos assim? Não, não é assim que
estou me sentindo agora. Mas já me senti e sei que existem muitas pessoas que
poderão estar se sentindo assim nesse momento. Pessoas poderão estar muito
triste também por perdas, saudade, sensação de vazio, ou até “se o tempo
voltasse faria tudo diferente”. É horrível isso! Tão comuns aos mortais, mas
tão sempre esmagador. Algumas pessoas que conheço dão exemplo nos dois casos. Mas
nos dois casos são pessoas excelentes, só não consigo entender porque uns
sofrem mais e outros menos. Uns suportam mais que outros e essas coisas podem
acontecer inevitavelmente com todos.
Lutar
para não destruirmos a nós mesmos e não sermos o fio terra da nossa própria
vulnerabilidade às coisas que nos são comuns como mortais. Cabe-se a este
assunto o proverbio que diz que “a corrida não é dos ligeiros”. Às coisas
simplesmente vão acontecendo suporte quem puder.
“Tem
dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá”
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá”
Lembrei-me dessa letra de Chico Buarque,
mesmo sabendo que o samba, a viola a roseira, são metáforas, mas sabemos sempre
que algo se vai.
Estou sempre falando nisso. Batendo no
mesmo ponto, quase. Mas é porque mesmo entendendo alguns “por quês”, a verdade
nem sempre é fácil aceitar. E confesso numa boa que acho muito ruins
indefinições, incertezas, inseguranças. Bem poucas pessoas vivem pensando
nisso, mas eu penso! E fica aquela briga que escrevo de Clara x Clara. Se as
duas tivessem a força e o certeiro de Aderson Silva, garanto que já havia tido
uma definição. Venceria a melhor delas.
Clara3amores®
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