Livraria Cultura

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

MÊS DE NOVEMBRO SÓ LEMBREI DESSA MÚSICA



                                                                   
                                                                 
                                            A alma as vezes fica assim, e quem pode entender?
                                                                    Alguns sim!



     O mês de novembro dá início a novos pensamentos, novas inquietações, novas expectativa...

Tive uma recaída, fiquei descompensada, mas estou me reerguendo, graças a Deus. Escrevo isso para aqueles que têm esse problema que eu tenho, saibam que não são os únicos. Mas de novo? De novo, acho que será sempre assim. Estou como sempre nesses casos, como reaprendendo a andar, é assim. Motivos, não encontro para justificar tamanho transtorno e sofrimento mental, não, não encontro e não quero admitir que coisas vãs tivessem esse poder tão mal sobre mim. Mas o pior é que tem, simplesmente porque são inesperados.

     Quando escrevi sobre a frase de Charlie Chaplin eu acho que eu já estava fabricando meu antídoto, mas eu acho que não deu tempo porque só consegui as lágrimas e não tive sorrisos e nesse meio tempo a oportunista inimiga me abraçou novamente. É sempre assim. Rapidamente o baque e bem devagar o levantar. Mas estou como sempre me levantando, não preciso de pressa, não, não, mas as tenho. Escrever isso nem sempre é fácil, para mim se faz necessário para algumas pessoas entenderem que existe algo, mas além da aparência. É bem verdade que algumas pessoas desculpam suas chatices a base desses transtornos, eu sinceramente não descuto a veracidade desse comportamento, porque não me cabe.

    Eu estou me recuperando e isso é o que importa! Mas a energia demora a voltar e não adianta forçar porque o organismo se encarrega disso. Vou dar uma paradinha, com licença, que eu estou realmente cansada. O mês de novembro está apenas começando.
                                                               

                                                                                        Clara3amores®

                                                                                  

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PALAVRAS DO MEU QUERIDO AUGUSTO. CUNHADO E IRMÃO






É um grande prazer reviver um pouco do nosso passsado através de palavras de pessoas queridas, como neste caso de Clarinha. Relembrar os bons tempos da juventude, quando as esperanças e as ilusões iam na frente e bastava para nós seguir-lhes as pegadas. Vi-a pequenina, carreguei-a nos braços e depois veio crescendo, com o tempo. Alegre e amada por todos, foi sempre uma fonte de alegria para a família, já que era a caçula, bem distante de todas as outras. Seu temperamento curioso e indagador era notado desde a a infância e continuou pela vida afora. Sempre observei o seu talento para as artes e o seu gosto pelos livros. Casou-se com um homem digno, amigo e dedicado, com quem formou um a linda família. Hoje, pelos comentários deste seu texto e dos outros que estão no seu blog, podemos penetrar um pouco na sua alma e descobrir os sentimentos de alguém que valoriza a sua história e procura novas explicações para sua sede de saber. São comentários da menina que se tornou adulta e lembra-me Victor Hugo, quando dizia que nos olhos dos jovens vemos o fogo e nos das pessoas amadurecidas, vemos a luz. É importante que ela saiba, que também a amamos e, igualmente, habita em nossos corações.
     Comentário sobre "infância, juventude e vida."
                                                                     


José Augusto bezerra







A foto  não dá para ver direitinho mas eu estou com um vestido de renda, a mesma renda do vestido de noiva de Dete. Mamãe havia feito um vestido creme claro, mas Augusto não aprovou porque ele queria assim, meu vestido com a mesma renda da de Dete e mamãe fez em cima da hora mas ficou como ele queria.
Lá em casa era assim!

                                                                          CLARA3AMORES

EPITÁFIO PARA UM CÃO


         Perto daqui

        Estão depositados os despojos

        Daquele que possuía beleza sem vaidade,

        Força sem insolência,

        Coragem sem ferocidade

        E todas as virtudes de um homem sem seus vícios.

        Este elogio que seria adulação sem sentido,

        Se escritos sobre cinzas humanas,

        É somente um tributo à memória de Boatswain, de um cão

        Que nasceu em Newstead, em 18 de novembro de 1808.

        Quando um orgulhoso retorna à terra

         Desconhecido pela glória, mas sustentado pelo berço,

         A arte do escultor exaure a pompa do infortúnio,

         E urnas ornadas registram aquele que descansa a baixo. 

         Quando tudo está terminado, sobre a tumba é visto não o que ele foi,

         Mas o que deveria ter sido.

         Mas o pobre cão, na vida o mais fiel dos amigos,

         O primeiro a dar boas vindas, na dianteira para defender,

         Cujo coração é honesto ao do próprio dono, que trabalha, luta, vive e

                                                                            Respira somente por ele,

          Sem honra se vai despercebido do seu valor, negada do paraíso

          A alma que era na terra;

          Em quanto o homem fútil e insento, tem esperança de ser perdoado,

          E reivindica para si só e exclusivamente o paraíso!

          Oh! Homem frágil, breve inquilino rebaixado pela escravidão ou pelo

                                                                                                           Poder,

          Quem te conhece bem, deve rejeitar-te com desgosto.

          Massa degradada de poeira viva!

          Teu amor e luxúria, tua amizade inteira ilusão, tua língua, hipocrisia,

          Teu coração decepção, por natureza má, dignificada pelo nome,

          Cada irmão selvagem pode fazer-te corar de vergonha.

          Vós! Que por ventura, contemplais esta urna simples,

          Ficais sabendo, não homenageias ninguém que desejais prantear,

          Para marcar os despojos de um amigo estas pedras se levantam;

          NUNCA CONHECI NENHUM, EXCETO UM ÚNICO – E AQUI ELE

                                                                                            DESCANSA”.

                         Newstead Abbey, 30 de 11 de 1808

                                                 Epitáfio para um cão                                                             

                                                                        Lord Byron


                        Lord Bayron é considerado, na literatura inglesa um gênio poético, representante do romantismo inglês. Seus poemas são carregados de muita emoção. Todas que podem ser concebidas pelo coração melancólico, às vezes triste, demonstrando intrepidez, incômodo social e político.

                        Viajou toda Europa com seus amigos escritores, seu amigo médico, Claire Clairmont, quando engravidou de Bayron em 1817. Nasce Alba, mais tarde chamada de allegra que morre prematuramente com tifo.

                        Resolveu morar no oriente nos seus últimos anos de vida. Faleceu em Missolonghi em 19 de quatro de 1824.          

                                           Sol dos insones.

      Sol dos insones! Ó! Astro de melancolia!

      Arde teu raio em pranto, longe a tremular.

      E expões as trevas que não podes dissipar,

      Que semelhança é à lembrança da alegria!

      Assim raio o passado, a luz de tanto dia,

      Que brilha sem com os raios fracos aquecer;

      Noturna, uma tristeza vela para ver,

      Distinta mais distante – clara – mas que fria.        

                                                           Lord Byron

                              Estes pensamentos meus inquietantes, vieram à tona ao ver a cena repulsiva do rapaz numa reportagem do “plim,plim”, mau tratando cães no banho e na tosa. Que “que massa degradada de poeira viva” é esse rapaz. Desventura de a mãe tê-lo como filho. Nossos olhos veem todos os dias coisas assim acontecendo, mas somos impotentes. Veio à minha mente Lord Byron, que sem medo de contaminação, cuidou do seu cão até a morte acometido de hidrofobia, comumente raiva. É muito bom termos exemplos de pessoas simples e também de “Lordes” que amam os animais. Será uma constante em meu blog minha indignação a maus tratos com animais. Que a lousa de boatswaim grite, grite, a quem puder ouvir entender!



                                                                          Clara3amores®

    

"CREIO NO RISO E NA LÁGRIMA COMO ANTÍDOTO CONTRA O ÓDIO E O TERROR".







                       Estas duas ilustrações parecem que não tem nada a ver, mas comigo tem.

     Acreditar no riso e nas lágrimas me faz poder entender e aceitar que nossos dias são inesperadamente imprevisíveis. Nunca escondi que chorar faz parte de mim, assim como sorrir sem hipocrisia. Também não tento implodir nem sufocar minhas lágrimas nem meu riso, e acredito que ninguém poderá me reprimir se sabem que de alguma forma contribuem tanto para as lágrimas, tanto para o riso. Assim como tenho aprendido, tenho tentado me preparar para momentos determinantes. Esse só Deus sabe como serão. Mas penso que esse esforço pode não ser veraz, afinal a gente sabe que o nosso cachorro pode morrer e nós sofremos nos enlutamos e o vemos em seu lugarzinho, com nossa dor, durante muito tempo, isso passando pelo mesmo episódio, como eu que tenho tantos! Não sei o que amo mais.

  “Creio no riso e na lágrima como antídoto contra o ódio e o terror”, frase de Charlie Chaplin. Não sou extremista em sentir ódio, não, não conheço esse sentimento, tão pouco o terror, mas conheço o medo. Conheci também a tolice que cometemos quando deixamos o medo nos devorar. Meus medos só me mal trataram e me disseram em amplo e bom som “você não é nada”, “não vejo a hora de sair daqui”. Foram as coisas que mais me amedrontaram, quase me levaram a morte. Mas tudo passou como tudo passa e “isso não é clichê”. Já escrevi lembram? Medo de que adiantou? As lágrimas e os risos, “não travados” realmente me serviram como antídoto.

    E a preparação para os infortúnios se eu conseguir tirar dela uns trinta por cento já me dará não só por feliz, mas por abençoada também.

    Sempre digo nunca me senti só, meus irmãos são maravilhosos para mim, com suas visitas de apoio, suas ajudas moral e material me dão a certeza cada vez maior que eu nasci para a maternidade, mas não usufruir dela é uma verdade que precisa ser aceita. Isso para mim hoje, do tanto, tanto que sofri, está se tornando tão insignificante, que eu só quero guardar só as primeiras experiências como mãe e ponto final para não ter recaídas de acalentos, de músicas que cantei, da rede que balancei, das mamadeiras que preparei cansada e ao mesmo tempo incansável, horas os observando-os dormir. Passou, passou, passou. Não sou meio termo.

   Gente querida, encontrar amigos em horas que falta dinheiro, saúde, chega solidão, e ali estar um anjo servidor e ele nem sabe que é um anjo e nos estende a mão, é uma coisa muito impressionante! Para mim é. E todas essas coisas que escrevi tornam-se tão pequenas, que me desculpem outra vez, esqueço-me os que Deus não quer que seja meu ou para mim.

    Venci coisas que eram pesadas de mais para mim, com ajuda de outros, quebrei cada peso e passei por cima. Sei que é muito feio se vã gloriar, mais as mulheres da minha família é madeira de dar em doido, cada uma do seu jeito. Cada uma pode sugerir ideias uma para outra ou simplesmente apoiar.

   Existe sempre uma ideia por traz de um pensamento, de uma realização, de uma dor, de uma decepção, o importante é não ignorá-las e sorrindo ou chorando fabricarmos nosso antídoto com a coragem que nos resta!

   “Creio no riso e na lágrima como antídoto contra o ódio e o terror”.

                                                                                                      Clara3amores®                                               

PLATÔNICO SOFRIDO PORÉM NOBRE



                                              


Platônico

Olhar de longe e querer estar perto

Olhar de longe querer correr e abraçá-lo

Olhar de longe correr e surpreende-lo com um “estou aqui”

Olhar, olhar, olhar e deseja-lo como se fosse o último dos últimos.

Olhar e sentir o coração ofegante como se viesse a mim

Olhar e ver que ainda não vem

Olhar parece-me o único recurso

De guarda-lo comigo

De sonhar que um dia o terei

De realisar o sonho que não desperdicei

De acreditar que a palavra certa um dia chegará

De mansinho então ir-me-ei aproximar

Para primeiro perto dele ficar

Para tentar fazer nascer um sentimento

Para podermos nos aproximar

E dentro dos meus olhos os seus olharem

E ver que à distância não estou conseguindo mais ficar!

                                                        Amo-te!

                                                 De Clara3amores® para os sentimentos da Rosa (Antoine Saint Exupéry)




Resumo

Qual folha que vaga

Sem rumo e sem vida

No espaço perdida sou eu a vagar!

Qual chuva correndo nos olhos do tempo

Nos mares crescendo sou eu a chorar!

Qual sombra da noite no céu nevoento

Que canta a tristeza sou eu a cantar!

Igualmente o que vai aos pés do infinito

Gritando, gritando...

Sou eu nesse grito.

Eu sou o RESUMO

De um sol sem calor

Enfim sou RESUMO do riso e da dor

Eu colho a tristeza

Em forma de flor

Na paz da certeza

“Onde canta o AMOR”.

                                   Roberto Carlos





Como já falei de Roberto Carlos, me faltou comentar algo que seria aos meus olhos, a homenagem mais que merecida, convida-lo para fazer parte da Academia de Letras. Como escritor poético, crônicas ambientais e por estar capacitado em letras de sentar numa daquelas cadeiras. Poeta sem meias palavras.

        Por fim escrever sobre esses sentimentos me desafoga o espírito, acalma a alma, me faz sentir que sou realmente “Clara como tantas outras”. Outras mulheres que vivem repetindo histórias de afetos e desafetos e não conseguem se quer olhar  para seus quatro lados, para cima e para baixo, ver que se não tem um mentecapto do lado, sim existe um mortal, um homem, que não pode ser modelado por nós. Nem Deus faz isso gente!

       O que sou e penso não escondo e nem tenho motivos para isso. Na verdade se eu pudesse seria translúcida como um cristal, mas um cristal bem trabalhado para as imperfeições não serem notadas. No momento de irritação ser branda, enfiar a cabeça num tanque d’agua para não falar ofensas. Se eu pudesse voltar o tempo seria assim que eu agiria. Mas o que importa é que aprendi muitas coisas a carbureto sobre convivência, amizades, “estrelas com guizos”, até com pessoas que fogem de mim porque são fracas. Tem idade, mas é verde!

     Sim tenho um amor, mas ele não é um para raios, nem um neutralizador de problemas íntimos, que quem tem sabe do que falo, mas nunca deixei de lutar para me promover como uma simples mulher que sou, porque eu não sou uma mulher simples, no sentido de gostar muito do bonito, do perfumado, do alegre, do gentil, do afago. Talvez seja por isso que eu gosto de Edward mãos de tesoura, ele não era bonito, mas a moça mais linda que apaixonou por ele, viu que sua  beleza era interior e muito profunda. É claro, ele só produzia o que era belo. O clássico dos clássicos, o homem elefante, que filme bizarro! Mas dentro desse contexto, ele suportava dor com humildade, ele não conseguia se quer respirar por causa da sua deformidade, em sua feiura transmitia refinamento, extrema educação e cavalheirismo. Eu recomendo este filme aqueles que se acham e não encaram as pessoas com verdade e aceitação. Realmente, não é fácil, eu sei, mas quem não cresce atrofia.

     Platão, filósofo seguidor Sócrates, de onde surgiu a etimologia da palavra platônica, amor não correspondido, era porque Platão acreditava na existência de dois mundos- os das ideias, onde tudo seria perfeito e eterno- e o mundo real, finito, imperfeito. Para ele o amor platônico sempre é casto, o aspecto positivo do amor platônico surge quando ele estimula a reflexão sobre si mesmo e os motivos que o impedem chegar a outra pessoa. Pura mitologia! Deixo a pergunta que não posso ficar sem fazer: o que impediria uma conversa sincera entre duas pessoas? Gente, lutar pelo que se quer às vezes se faz necessário, “por causa de um grito se pode perder uma boiada”. Não sei por que pensei com carinho sobre este assunto hoje. Porque será hem?     












Edward ao ser descoberto por uma vendedora de cosmético, num castelo feio mas que tinha um jardim belísimo, feito com suas abilidosas mãos de tesoura, levou-a para sua casa e sua jovem e bela filha se apaixona por ele e ensiná-lhe o que é o verdadeiro amor. Deixa cair por terra a famosa frase de Vinícios de Moraes "que me desculpem as feias, mas beleza é fundametal". Edward procura ter uma vida normal fazendo o que é bom...
O médico que vai ao circo e ver o homem elefante fica pasmo! reconhesse sua saúde precária e paga por ele a um homem mal e sem escrúpulos para ficar e cuidar dele. Com a convivência, persebe o grau de conhecimento sobre as artes e um encanto muito especial por uma dama muito famosa e bela do teatro inglês e promove um encontro. Quando a bela atris o ver se apavora mas se contem. Quando o homem elefante lhe serve o chá ela fica imprecionada com tamanha delicadeza com as porcelanas e gestos fidalgos e refinados. Ela se sente honrada de ganhar um amigo tão cavalheiro e lhe dedica uma foto autografada com carinho e apreço. Ela não se envergonha de leva-lo ao teatro, a ópera elugares públicos "finess" da época. Ele trabalha numa bela maquete no hospital esperando...


                                             É só uma ótica de clara3amores®. 

  Está tudo misturado e tudo junto. Meus pensamentos são assim mesmo! O importante é que consigo declará-los.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CANSAÇO

                                                                         
                                                                     

      Tantas pessoas hoje se dizem cansadas! Adultos, jovens crianças, todos, ambos os sexo. O que poderá está acontecendo? Pessoas aparentemente sadias estão cansadas, outras não contêm o stress, trabalham estudam se divertem, mas continuam cansados. Relacionamento familiar, bem poucos são prazerosos ou na paz. Meu Deus as coisas que estão acontecendo hoje são absurdas e incompreensíveis, levando em conta a permissividade, como eu costumo dizer os “alavantus e anarriês” se seguem sem censura e abertura fora da normalidade. Censurados hoje são os corretos e censurados são os que censuram. A tarja preta esta acabando, deixando de ser usada e agora um fosco a substitui. Que coisa!

      Lembram-se do professor Astromar de Roque Santeiro? Numa situação absurda ele usava a expressão abichornante, “isto é abichornante”, como tudo hoje é abichornante! Relação sexual no metrô foi espetáculo público para todo mundo ver e filmar à vontade sem nenhuma reserva. Tudo isso cansa, a vida dos decentes fica limitada, precisando ter critério para onde olhar e o que ouvir.

      Onde moro, eu pensei que nunca iria me acostumar, mas hoje não sei se me reacostumaria em aglomeração de gente onde eu não ouvisse as cigarras, folhas, ninhos e pássaros dos que ainda restam.

      O cansaço mesmo assim me acomete, mesmo eu mudando conceitos assim como meu filho algum tempo atrás me pediu. Viver independente, isolada, entendam, o espírito não o corpo, pode até nos proteger de alguma forma, mas não é humano. Fiz tantas mudanças ultimamente que às vezes fico pensando o que restou de fato.

     Quando eu era adolescente, papai gostava de ouvir uma música que eu naquela época ouvia e eu achava a letra real mas  além “do além mar”. Hoje é realidade predominante, incontestável, cenário atualíssimo, irreversível. Eu gostava da letra da música e sendo muito jovem eu conseguia entender e aceitar como verdade de quem viajava, se atualizava e observava o mundo. A letra eu lembro até hoje:

“Não deixes que me canse meu Senhor.

Ao ver o que este mundo se tornou

Depressão, violência e rancor

E a revolta de quem nada tem

Muita gente inverteu seu valor

Ao que é guerra se chama de paz

E a maldade se chama de bem

Religião quantas vezes aliena

Solidão não inspira mais pena

Quem não ver continua sem ver

Quem tem mais não reparte o que tem

Tudo estar como bem lhes convém

Quem não tem continua sem ter

Ocidente e oriente combate

E na luta os mais fracos abatem

Quem subiu não aceita descer

Quem ficou quer subir de estatura

Nem que seja a poder de loucura

Quem não é continua sem ser

Há quem diga que a realidade

Sempre foi guerra ódio e maldade

E que o mundo jamais vai mudar

E eu que creio em tua verdade

Te suplico com toda humildade

“Por favor, não me deixes cansar”.

                                              Letra e música: José Fernandes de oliveira

Hoje com uma visão mais ampla das coisas da vida, eu não só entendo essa letra como vejo coisas que não via. Antes eu admirava de uma forma diferente, não sei explicar, meu mundo era cor de rosa como qualquer menina da minha idade. Não aceitar a verdade como fato (por favor, me desculpem) é burrice, tentar se proteger de alguma forma é inteligente.

      Escrever isto me remete ao passado que gosto de lembrar, porque foi bom, isso não é ilusão porque eu tenho comigo todos os vestígios de uma realidade, acontecimentos, instruções acatadas que me provam que não vivi um ilusionismo. E o presente? O presente para mim é como se eu vivesse lutando para não desperdiçar o que me acompanhou até hoje. Recebi com amor e com amor eu gostaria dar. Já sofri muito quando percebi que minha dádiva era recusada e desvalorizada então, repito o que já escrevi em outras palavras, serei educada, querendo dizer dane-se, me esgotei, não me canse com formalidades, não marque presença sem saborear as companhias, isso é feio e notório, não tente disfarçar com ações frias não vindas do coração, porque a fama e a boa reputação de  uma pessoa não é limitada, é abrangente. Conviver com essas coisas cansa, é aí que humildemente pesso “não deixes que me canse meu Senhor ao ver no que este mundo se tornou.”    

                                                  Clara3amores®
Ás vezes olhar uma bela paisagem nos faz ver que podemos ter ajuda no nosso cansaço.

As artes também nos mostram que os homens trabalham em coisas que alegram nossa vista e nosso coração.

                      Meu Deus que coisa tão linda, criança e animal interagem!   

Beija- flor em meu jardim beijando flores da trepadeira comumente chamada "lagrimas de Cristo"
Ninho de beija- flores em meu pé de araçá. Tenho plena conciência que é um presente da natureza para mim. 

O mundo! Belíssima esfera azul, teatro para Deus, onde tudo acontece. "Ela não foi feita para nada", vendo todas essas coisas lindas podemos crer que " Deus arruinará os que estão arruinando-a". E não haverá mais cansados.




O CORAÇÃO DE FRUTAS DELE ALIMENTA MEU CORAÇÃO DE FLORES






Meu coração

Às vezes tão certo de estar certo

Pobre dele, briga comigo

E tenta confundir-me

Porque eu o conheço tão bem

Que pensa que pode sempre comandar-me

Com seus “dribles”

Que os conheço tão bem, também.

Mesmo assim rouba-me à paz

Para um coração que ama

A paz é temporária e irritante

Lutar com um coração

É uma luta quase perdida ou desigual

Porque se a luta for ganha

Ter como rival um coração

Será como ter ondas revoltas no peito

E será impossível esquecer

Que no lugar de ondas revoltas

Existiu um coração

Que inocentemente

Deu moradia a um sentimento

Que insistentemente

Só quis lutar com ele.

       Infelizmente não havendo opção

      Para este peito sofrido

      Uma escolha foi feita

      No lugar das ondas revoltas

     Mora desiludidamente

      Um pobre coração partido!   

                                          Clara3amores®                  

“Breve pássaro ferido pousado em minha mão

Bateu asas e voou

Meu coração por certo tempo passeou

Na madrugada procurando um jardim

 Flor amarela, flor de uma longa espera...

Se falo em mim e não em ti

É que neste momento já me despedi

Meu coração ateu já não chora e não lembra

Parte e vai-se embora”.         Maria Betânia


                      O coração de frutas dele alimenta meu coração de flores