Ser como
tantas outras em sentimentos, emoções, em alegrias momentâneas e tristezas
também momentâneas, sentir se desiludida, bravejante e muitas vezes calada, me
faz sentir que não sou igual a todo mundo, portanto faço parte de um grupo de
pessoas que com esses sentimentos e peculiaridades sentem, veem as coisas com
tanta intensidade, que assim como um celular descarrega a bateria assim sou eu
depois que essas ebulições amenizam. Eu honestamente não sei se é bom ou ruim,
muitas vezes sofrido. Porque quem liga para isso? Muitas pessoas mentem dizendo
“não me interessa expor meus sentimentos, mas se você gosta o faça”. No meu
caso, não é uma questão de gostar ou não, mas porque meus sentimentos não são
mudos eles precisam gritar para eu ter meus movimentos mais livres e
confortáveis. Se eu calar me transformo em uma misantropa doente e sem graça.
Se todas às pessoas soubessem disso respirariam melhor. Deixo claro que isso me
serve porque faço parte desse grupo que o íntimo está sempre cheio de emoções,
sejam elas boas ou ruins. Mais o interessante que as ruins estão sempre ligados
a relacionamentos. Pessoas causam problemas, eles não aparecem sozinhos e sua solução
também depende de pessoas.
Clara
como tantas não é igual a todo mundo, mas com certeza existem “tantas e outras”
que parecem ou se identificam com ela só não falam ou tem medo de se expressar
com verdade.
Impressionante
que quem me falou essas coisas é muito sensível! Porém percebo que se expressa,
quando isso acontece, rasgando-se de dificuldade e sentimento doído, eu o
compreendo, mas ele não consegue me compreender. Nossos pensamentos barroam,
mas há respeito e amor. Entendo que o tempo, modo de vida, ambiente social e a
maneira de encarar as coisas, isso conta muito, gente! Clara como bem poucas
nesse sentido, o entende e o ama.
Às vezes se colocar na segunda pessoa
ajuda Clara avaliar ela mesma e compreender os choques de opiniões sem raiva e
com respeito. Clara já disse que tem opinião, mas não é opiniosa, personalidade
forte, mas se curva sem constrangimento. Clara como tantas outras tem
ansiedades, insônia, gosta de cuidar de casa e jardim, mas não gosta de
cozinhar e outras coisas já foram escritas com muito carinho para todos os
leitores. Uma coisa Clara não gosta de pensar muito, na morte, inimiga cruel,
sem remédio e sem profilaxia. Para Clara é a pior das verdades a pior da
aceitação. Só a fé é o recurso que acalenta. Sentir-se aberta e sincera eu não
me sinto cozinha porque sei que estou entre tantas outras.
“Como
a criança que banhada em prantos
Procura um brinco que levou-lhe o rio
Minh’alma quer ressuscitar nos contos
Um só dos “lírios que murchou o estio”.
Cassimiro
de Abreu Março de 12/ 1858
Clara3amores®
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